O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, defendeu na sexta-feira, 1º, durante audiência pública da Comissão de Viação e Transporte da Câmara dos Deputados, em Porangatu (GO), que a estruturação da BR-153, no trecho entre Anápolis (GO) e Aliança do Tocantins, “é técnica com o que tem de melhor”. “O que nós vamos entregar é um contrato que funciona”, garantiu.
Excelente contrato
Freitas afirmou que todo o estudo para a duplicação da BR-153 está pronto e assegurou que o governo está formatando “um excelente contrato”. “Quem fez o estudo para nós, a Empresa de Planejamento Logístico junto com o Banco Mundial. A gente foi buscar o que tinha de melhor em termos de estruturação no mundo”, assegurou. “Por quê? Porque a gente não tem o direito de errar.”
Já se errou uma vez
O ministro lembrou que “já se errou uma vez”, numa referência à primeira tentativa de concessão, que acabou sendo cancelada. “A BR-153, Goiás-Tocantins, já foi licitada, já esteve sob concessão. E aí o cuidado que nós temos que ter porque a gente ouve ‘não, eu quero a duplicação toda, começando rápido’. Lembram o que aconteceu da outra vez porque a duplicação toda tinha que acontecer em cinco anos? Quantos quilômetros duplicados vocês receberam?”, questionou à plateia para responder ele mesmo em seguida: “Nenhum”.
Sem populismo
Freitas, então, afirmou que essas “coisas não dão certo”. “Esse tipo de populismo não funciona”.
Início simultâneo
Quem também participou da audiência foi o governador Mauro Carlesse (DEM), que defendeu que as obras de duplicação da BR-153 comecem simultaneamente em Goiás e Tocantins. “Essa duplicação é fundamental para quem usa essa rodovia, vai oferecer segurança e até aumentar o fluxo de carga nas ferrovias, atrair investidores e isso é bom para o Tocantins, para Goiás e para o Brasil”, explicou o Governador tocantinense defendendo que as obras de duplicação sejam iniciadas com frentes de trabalho nos dois estados.
Em 20 anos
Em audiência realizada recentemente em Gurupi, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) estipulou um prazo de 20 anos para que a duplicação chegue até Aliança do Tocantins.
Possível antecipação
O ministro Tarcisio Freitas ressaltou que, após a assinatura do contrato de concessão, a empresa terá três meses para iniciar os trabalhos de recuperação do pavimento da rodovia e que a duplicação no Tocantins está previsto apenas a partir do 16º ano de concessão. No entanto, segundo disse há possibilidade de antecipação. “Já que existe incentivo, a empresa pode antecipar essas obras de duplicação no Tocantins, já que existe uma tarifa diferenciada para pista dupla, que só será permitida após a entrega do trecho duplicado”, destacou o ministro. Ele destacou ainda que as obras demandam R$ 13 bilhões e o leilão deverá ser realizado no primeiro semestre de 2020.
Mesmos critérios
Também presente na audiência, o prefeito de Gurupi, Laurez Moreira (PSDB), compartilhou da mesma opinião de Carlesse. Ele disse que o Tocantins conta com uma crescente produção de grãos e precisa da BR-153 em boas condições para melhorar a competitividade do Estado. “É preciso que a concessão obedeça aos mesmos critérios da anterior, que não previa tanta demora para o início da duplicação no Tocantins”, defendeu Laurez.
Assista parte do discurso do ministro Tarcísio Gomes de Freitas na audiência:
A BR-153/GO/TO foi concedida no passado e deu errado. Hoje em audiência em Porangatu, com pessoas que usarão rodovia, disse: Não adianta populismo tarifário. Não adianta leilão que investimentos não acontecem. Contrato no Brasil é pra ser cumprido. É isso que podem esperar de nós pic.twitter.com/yLDjaDSA8C
— Tarcísio Gomes de Freitas (@tarcisiogdf) November 1, 2019