Com a nova cassação de Marcelo Miranda (MDB) e as duas eleições diretas que virão em 2018, os tocantinenses terão sete governadores diferentes em apenas 8 anos. Além do emedebista, o Palácio Araguaia teve como inquilino a partir de setembro de 2009 o hoje deputado federal Carlos Gaguim (Podemos), Siqueira Campos (DEM), Sandoval Cardoso (SD) e deve receber agora o presidente da Assembleia Legislativa, Mauro Carlesse (PHS).
Marcelo Miranda teve o diploma de governador cassado em 2009 pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pelas acusações de abuso de poder, compra de votos e uso indevido dos meios de comunicação social na eleição de 2006. O então presidente da Assembleia Legislativa, Carlos Gaguim, assumiu o Executivo e posteriormente foi eleito pelos colegas deputados estaduais no pleito indireto.
Gaguim tentou se reeleger em 2010, mas perdeu a disputa para Siqueira Campos. Destaque para o segundo impedimento judicial de Marcelo Miranda em 2011. Segundo mais votado para uma das duas vagas no Senado Federal, o emedebista não pode assumir por conta da cassação de 2009. A vaga ficou com Vicentinho Alves (PR).
Siqueira Campos administrou o Tocantins até abril de 2014, quando renunciou logo após o então vice-governador João Oliveira. O cargo foi novamente transmitido para o presidente da Assembleia Legislativa, na época, Sandoval Cardoso. O então deputado foi mantido no Palácio Araguaia pela votação indireta e encerrou o mandato.
Com o fim da inelegibilidade, Marcelo Miranda voltou a se candidatar a governador e derrotou Sandoval Cardoso nas eleições de 2014. Entretanto, o mandato será interrompido com a decisão do TSE proferida nesta quinta-feira, 22.
O presidente da Assembleia Legislativa, Mauro Carlesse, assumirá interinamente o Palácio Araguaia. Diferente dos outros casos, o sucessor não será escolhido pela via indireta, mas pela direta. Desta forma, os tocantinenses vão às urnas por duas vezes neste ano de 2018, dentro de 20 a 40 dias e depois em outubro.