Cinco vereadores de Colinas do Tocantins apresentaram na segunda-feira, 5, um pedido de abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) contra o prefeito Adriano Rabelo (PRB). O objeto seria o contrato do Executivo com empresa para prestação de serviços de limpeza e coleta de lixo no município. Parecer do Tribunal de Contas (TCE) já teria apontado possível ocorrência de superfaturamento.
Contrato com valores exorbitantes
Um dos subscritores do pedido de abertura de CPI, o vereador Leandro Coutinho Noleto (PT) falou com a Coluna do CT sobre o objeto da investigação. “Os valores pagos pela prefeitura para a coleta de lixo não condizem, são exorbitantes. Tanto que o Tribunal de Contas está em cima e tinha dado em seu parecer prévio um desvio de mais de R$ 642 mil”, afirmou.
Serviço de má qualidade
Além do possível superfaturamento apontado pela Corte de Contas, Leandro Coutinho acrescenta ainda que o serviço da empresa contratada é de má qualidade. O vereador afirma que setores de Colinas do Tocantins já chegaram a ficar dez dias sem coleta de lixo.
O requerimento
A proposta de abertura da CPI do Lixo é de Romerito Rodrigues (PT), mas o requerimento recebeu a subscrição de Leandro Coutinho, Esdras Ramos (PSDB), Marceli de Amorim (PT) e até do presidente da Câmara de Colinas do Tocantins, Júnior Pacheco (PPS).
Cedendo à pressão
Leandro Coutinho termina afirmando que o requerimento pode entrar em pauta a qualquer momento, mas lamenta a mudança de posição de alguns colegas. “Temos o apoio popular. Só que tem alguns vereadores que estão cedendo à pressão do prefeito e indo para o lado dele. Inclusive, dificultando a abertura da CPI”, criticou o petista sem citar nomes, que encerrou endurecendo contra o chefe do Executivo. “Adriano Rabelo é o pior prefeito que Colinas já teve”, disparou.
Não está no protocolo
O vereador Antônio Pinheiro (PSC) defendeu à Coluna do CT que, apesar de o pedido de abertura ter sido feito, o documento não está disponível para ser consultado. O social cristão culpa o presidente da Câmara. “Ele retirou o processo da sala [do protocolo] e ninguém sabe onde está. Eu fiz uma solicitação pedindo o processo para a gente ver o teor da matéria, mas a gente não foi respondido”, contou.