A votação do relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) aberto contra a vereadora Leidiane Mota (PSD) voltou a gerar conflito na Câmara de Vereadores de Lajeado. Sete dos nove parlamentares defenderam na sessão de terça-feira, 3, o afastamento do presidente da Casa de Leis, José Edival (MDB), por prejudicar o andamento do processo.
Suplentes precisam ser convocados
Com o relatório pronto, os parlamentares aguardam a convocação de suplentes para votar o texto. Isto porque o Regimento Interno da Casa de leis estabelece que os vereadores autores de denúncia não tem direito a voto sobre a mesma. Diante disto, o presidente estaria prejudicando o andamento do processo ao não convocar os substitutos.
Morosidade proposital para anular processo
Membro da CPI, André Portilho (PRP) afirma que a convocação do presidente foi feita de última hora, prejudicando a apreciação do relatório marcado para a sessão de terça-feira. “Entendemos que ele [José Edival] está agindo com parcialidade, dando morosidade ao processo para dar nulidade depois. Teve 13 dias para convocar os suplentes e não o fez. Deixou para fazer horas antes das sessão”, afirmou à Coluna do CT.
Afastamento até votar relatório
Insatisfeitos, os vereadores André Portilho, Antônio Carlos (PTB), José Aguiar (Pros), Emival Parente (PDT), Oscar Alves (DEM), Walber Pajeú (DC), Sebastião das Dores (DEM) – suplente que tomou posse por licença de Meire Ângela, sem relação com a CPI – pediram o afastamento do presidente “até que se julgue o processo”.
Tratamento imparcial
Após a iniciativa dos vereadores, André Portilho afirma que ocorreu uma reunião com o presidente José Edival, que após uma breve animosidade, se comprometeu em agir de forma imparcial no processo.
Falta um suplente
Após a crise, a suplente Eva Gonçalves (PSD) já foi convocada e está apta a substituir Walber Pajeú, um dos autores da denúncia. O outro denunciante é o próprio André Portilho, que aguarda a regularização de Levi Lopes (PTB). “Nós esperamos agora que o presidente aja com imparcialidade, como se comprometeu”, encerra Portilho.
A Coluna do CT não conseguiu contato com José Edival para uma manifestação, mas o espaço está aberto. Já Leidiane Mota reforça que a atuação dos colegas parlamentares se trata de “perseguição política”. A vereadora ainda destaca que o procedimento escolhido para buscar o afastamento do presidente “não tem previsão regimental”, e por isto não tinha qualquer condição de prosperar.