O deputado federal Vicentinho Júnior (PL) e delegados da Polícia Civil do Tocantins tiveram uma audiência na tarde dessa quarta-feira, 21, com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro. Participaram o presidente do Sindicato dos Delegados do Estado (Sindepol), Mozar Félix, e o delegado Bruno Boaventura, um dos 12 delegados regionais exonerados pelo governador Mauro Carlesse (DEM) em novembro.
Incomodado
Vicentinho contou à Coluna do CT que Moro ficou “incomodado” com a informação de que o Palácio Araguaia usou portaria do Ministério da Justiça e Segurança Pública para justificar a extinção da Delegacia de Repressão a Crimes de Maior Potencial contra a Administração Pública (Dracma) com a criação da Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco). Conforme o parlamentar, o ministro disse que o objetivo da portaria era fortalecer o trabalho de combate à corrupção e não enfraquecê-lo.
Para receber recursos
O governo do Tocantins sempre alegou que a criação uma divisão de combate à corrupção, como a Dracco, era uma exigência do Ministério da Justiça e Segurança Pública para repassar recursos ao Estado.
Vai buscar informações
O deputado e os delegados fizeram um relato das operações em andamento no Estado e das mudanças na legislação e na estrutura da Polícia Civil, que dizem ter sido prejudiciais à categoria e aos trabalhos de investigação. O ministro disse que vai buscar informações sobre os acontecimentos relatados e responder a demanda do parlamentar antes da audiência que ocorrerá na Comissão de Segurança Pública da Câmara.
Governador e secretário convidados
O presidente da comissão, deputado federal Capitão Augusto (PR-SP), está convidando para a audiência, além dos sindicatos das categorias da PC, o governador Carlesse, o secretário de Segurança do Tocantins, Cristiano Sampaio, e outras autoridades da PC do Estado.