Em funcionamento desde setembro de 2019, o serviço de cirurgias cardíacas pediátricas do Tocantins já salvou mais de 150 crianças que necessitavam de procedimentos de urgência ou eletivos. Desde então, o índice de mortalidade dos pacientes atendidos registrou queda de aproximadamente 14%, caindo de 20,5% para 6%.
Os ganhos também perpassam pela economicidade de recursos financeiros. Em dois anos, houve variação do valor do serviço por procedimento de R$ 187 mil para R$ 63 mil, ou seja, economia de cerca de R$ 124 mil.
Dados da Secretaria de Estado da Saúde (SES) apontam que, em 2018, quando as crianças que necessitavam de procedimentos cardíacos eram atendidas por meio de Tratamento Fora de Domicílio (TFD), foram realizadas 39 cirurgias, lamentavelmente com oito óbitos registrados. Para o custeio destes procedimentos, o Estado do Tocantins arcou com R$ 7.293.778,79, sendo R$ 1.294.656,80 apenas com Unidade de Terapia Intensiva (UTI) aérea. As transferências eram feitas para os estados de Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo.
De 2019 a 2021, já foram 155 procedimentos, sendo 96 cirurgias cardíacas pediátricas abertas e 59 cateterismos de diagnóstico ou resolutivo, com registro de nove óbitos. O custo total está em R$ 9.877.215,16.
“São números que nos deixam otimistas quanto ao trabalho realizado na atual Gestão. Priorizamos a vida de nossas crianças com um trabalho de excelência, que reduz o tempo de espera e, consequentemente, a mortalidade dos pacientes”, ressalta o titular da SES, Edgar Tollini.
O gestor observa que a realização das cirurgias no Estado promove conforto às famílias e reduz problemas relacionados à judicialização dos atendimentos. “Isso coloca o Tocantins como referência para a Região Norte do Brasil, uma vez que apenas o Pará e o Tocantins ofertam esses serviços”, destaca.
A agilidade e o conforto mencionados pelo secretário foram frisados pelo servidor público Phatryck Augusto Nogueira, morador de Palmas e pai da recém-nascida Clarice Nogueira, que foi diagnosticada com má-formação congênita ainda na barriga da mãe. “Com 30 semanas de gestação, ficamos sabendo do problema de saúde da bebê e fomos encaminhados para o Hospital Dona Regina, onde foi confirmado o quadro clínico. A partir daí, buscamos informações e ajuda de como realizar todo o tratamento necessário. Felizmente, conseguimos vir para Araguaína, onde minha esposa foi internada e teve a criança no Hospital Dom Orione”, relatou.
Após o parto, a paciente foi transferida para o Hospital Municipal de Araguaína (HMA), onde fez os exames e a cirurgia. “Só temos a agradecer pela atenção de toda a equipe, que tem nos acolhido e nos tratado bem, em todas as etapas do processo. Agora, é só aguardar a alta da nossa pequena que, com fé em Deus, será em breve”, finalizou.
Cirurgias
As cirurgias cardíacas pediátricas abertas são realizadas no Hospital Municipal de Araguaína (HMA); e as hemodinâmicas no Hospital Dom Orione (HDO), também em Araguaína; e no Hospital Geral de Palmas (HGP).
Cateterismo
Os pacientes com necessidades de cateterismo de urgência têm seus procedimentos realizados em Palmas e Araguaína, a depender do local em que haja redução de tempo de deslocamento e gastos. Os procedimentos eletivos são feitos no Hospital Dom Orione, em Araguaína; e no HGP, em Palmas; seguindo um fluxo feito pela SES e obedecendo a fila criada pela Central de Regulação do Estado. (Da assessoria de imprensa)