O Sindicato dos Servidores Públicos do Tocantins (Sisepe) elege nova diretoria para o quadriênio de 2022 a 2026 no dia 10 de dezembro. À frente da entidade desde 2007, Cleiton Pinheiro volta a disputar a reeleição, novamente com Milton Gomes como candidato a vice-presidente. Os dois encabeçam a “Unidos em Defesa do Servidor”. Já a oposição vem unida, desta vez em torno do nome de Elizeu Oliveira. Roney Gomes ficou com a vice-presidência da chapa “Por Um Novo Sisepe”.
Briga pelo reajuste de 25% e implantação definitiva da jornada de seis horas
O atual presidente aposta na continuidade do trabalho que soma 14 anos. Por meio da assessoria, o dirigente destaca entre as propostas: a manutenção da descentralização do atendimento da entidade; a luta pela implantação em definitivo da jornada de 6 horas; a busca por mudança na Lei do Instituto de Gestão Previdenciária (Igeprev) para fazer com que todos os cargos sejam ocupados somente por concursados; e a manutenção das batalhas judiciais para garantir o reajuste de 25% ao funcionalismo e o pagamento da Unidade Real de Valor (URV). Cleiton Pinheiro também fez questão de elencar as ações do sindicato enquanto esteve à frente da presidência, citando a criação de planos de carreiras e salários, a efetiva implementação da data-base, que de 2008 para cá teria garantido ao funcionalismo 68% de reajuste, entre outras ações.
Quem decide é o eleitor
Alvo de críticas pelo número de gestões à frente do Sisepe, Cleiton Pinheiro defendeu o seu direito de disputar mais uma vez a reeleição em conversa com a Coluna do CT. “O exercício da democracia nos dá esta possibilidade de disputar quantos mandatos achar interessante. O eleitor sabe bem o que escolher. Tenho colocado meu nome a disposição por causa do trabalho que foi feito. A democracia é isto. Se a categoria entender que devo continuar com este trabalho, serei reeleito. Se entender que não, com certeza o meu colega sindicalizado será o eleito e irá me representar”, afirmou. Ele garante que as candidaturas sempre partiram de um “consenso” dentro do grupo.
Perpetuação de poder atrapalha trabalho em prol da classe
Em material divulgado à imprensa, Elizeu Oliveira fez questão de condenar as sucessivas gestões de Cleiton Pinheiro, alegando ser prejudicial à representação do funcionalismo. “Não é admissível que um sindicato seja governado pela mesma pessoa desde 2007. Isso é perpetuação de poder que, claro, atrapalha o trabalho em prol da classe, mesmo que haja boa intenção”, avalia. O candidato também condena as pretensões políticas do adversário. “O atual presidente cria vínculos políticos e de amizades, que não ajudam no momento de negociar com o governo. Ele inclusive chegou a ser candidato a deputado estadual em 2018, um ano após ter vencido a eleição para mais um mandato. Isso não está certo, pois mostra que a cabeça dele não era a de trabalhar junto aos servidores”, emenda.
Propostas
Diante do histórico de Cleiton Pinheiro, Elizeu Oliveira se comprometeu em propor em assembleia geral o limite de apenas uma reeleição consecutiva, caso eleito. O oposicionista também fez um apelo por mais transparência, citando a falta de informações sobre o exercício financeiro de 2020 no site da entidade. “É uma obrigação de qualquer entidade moderna dar transparência a todos os seus gastos”, emenda. O candidato ainda defendeu a redução do salário da presidência, que atualmente é de R$ 12 mil. “O valor não precisa ser tão elevado. Um montante tão alto, incentiva demais a perpetuação no poder. O comando do sindicato não pode ser carreira”, emendou.