O governador Mauro Carlesse (DEM) assinou na tarde dessa segunda-feira, 9, um documento para autorizar a transferência do local de implantação do serviço de radioterapia para uma área pública ao lado do complexo do Hospital de Amor, que está sendo construído na Capital. Inicialmente, o projeto estava previsto para ser instalado no Hospital Geral de Palmas (HGP). A mudança acontece após episódio em que o presidente da Fundação Pio XII, Henrique Prata, acusou o Estado de “traição” por uma suposta tentativa de tirar o serviço da instituição filantrópica.
Equipamento faz parte do plano de expansão do MS
O serviço a ser implementado no Hospital do Amor faz parte do plano de expansão da radioterapia no Sistema Único de Saúde (PER/SUS) desenvolvido pelo Ministério da Saúde desde 2012 com o objetivo de ampliar a oferta de serviços oncológicos no Estado e buscar a autonomia e a independência nos tratamentos.
Agora governo e Hospital do Amor caminham juntos
À Secretaria de Comunicação Social do Tocantins, o presidente da Fundação Pio XII, Henrique Prata, exaltou a importância do apoio do Estado à instituição. “O que antes era algo formal nós definimos por escrito. Agora, o governo e o Hospital de Amor estão caminhando juntos e quem ganha é toda a população do Tocantins com esse projeto que é referência. Lá, as pessoas vão poder fazer o tratamento completo”, defendeu.
Atrito com governo estadual
Este acordo entre a Fundação Pio XII e o Palácio Araguaia acontece depois de um histórico de atrito. Em maio deste ano, Henrique Prata acusou o Estado de “traição” justamente por supostamente ter tirado do Hospital do Amor o acelerador linear previsto neste plano de expansão do SUS. O desabafo veio com duras críticas ao secretário da Saúde, Edgar Tollini, e aos serviços prestados ao HGP. “Surpreendentemente, o secretário pediu para voltar o aparelho para o hospital do Estado. Uma irresponsabilidade, uma atitude politiqueira, demagoga, instalar um aparelho de radioterapia em um serviço de medicina geral, que mal dá conta de fazer o que deve ser feito. Quando visitei não fazia nem metade do que deveria”, disparou. O episódio gerou nota de desagravo do Conselho Regional de Medicina a médicos tocantinenses. O governo estadual sempre negou interferência, justificando que o critério para distribuição do equipamento era do MS.