O procurador-geral de Justiça, Luciano Casaroti, e a promotora Araína Cesárea D’Alessandro, que atua na defesa da Saúde na Capital e coordena o Centro de Apoio Operacional da Saúde (Caosaúde), oficiaram a Associação Tocantinense de Municípios (ATM) e o Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do Tocantins (Cosems) para que adotem providências no sentido de mobilizar prefeitos e secretários de saúde para agilizar o processo de vacinação nas cidades tocantinenses. Os gestores terão prazo de sete dias para informar sobre as providências adotadas.
Dois meses depois, só 62,5%
Conforme o MPE, apenas 62,5% das vacinas contra Covid-19 recebidas pelo Estado foram aplicadas, enquanto o número de óbitos da doença dispararam, bem como a ocupação de leitos hospitalares. As primeiras doses de vacina chegaram ao Tocantins em 18 de janeiro, portanto, há quase dois meses.
Mutirões e mais pontos de vacinação
A Promotoria quer a realização de mutirões aos finais de semana, aumento na quantidade de pontos de imunização e ampliação dos horários de atendimento nos dias regulares da semana, inclusive com disponibilidade de expediente no intervalo de almoço e no período noturno. A proposta é que a realização de iniciativas além das salas de vacina, como atividades itinerantes e de drive-thru, facilitem o acesso à população.
Ampliação de equipes e estrutura
Para viabilizar este serviço diferenciado, o Ministério Público requisita que sejam realizadas, com urgência, a avaliação e identificação da rede de atenção primária que atua na aplicação das vacinas, para eventual ampliação das equipes e da estrutura de trabalho, em caráter urgente e excepcional.
Mapeamento do grupo prioritário
Os prefeitos e secretários de saúde também são orientados a realizar o mapeamento da população que compõe o grupo prioritário, por região, o que viabilizará a busca ativa das pessoas a serem imunizadas e a organização das estratégias compreendidas no processo de vacinação.
Uniformizar estratégias
Também orienta-se que os gestores uniformizem as estratégias a serem adotadas nos eventuais casos em que haja sobra de vacina em frascos abertos, ao final de cada expediente, para que se evite o desperdício do imunizante. Para estas situações, o Plano Nacional de Operacionalização da Vacina contra Covid-19 dispõe que a vacina seja aplicada em pessoas que se enquadrem em algum dos grupos prioritários. (Com informações da Ascom do MPE)