Araguaína confirmou nesta terça-feira, 28, o maior número de casos de Covid-19 num único dia registrado até agora no Estado. Foram 17 positivações, o fez com que a cidade passe de 29 pacientes até essa segunda-feira, 27, para 46, alta de 62,1% em 24 horas. Entre o dia 21 e essa segunda-feira, 27, o número de positivações do novo coronavírus na cidade aumentou incríveis 383,3% em Araguaína — foram 119,4% no Tocantins e 48% em Palmas.
De volta ao rigor
Diante do agravamento da doença no município, o prefeito Ronaldo Dimas (Podemos) voltou a tornar rigorosas as medidas de quarentena, depois de ter feito uma ampla flexibilização a partir do dia 27 de março, pouco depois do início das medidas para conter o avanço do novo coronavírus. O Decreto nº 222, que está publicado no Diário Oficial desta terça-feira, 28, limita o número de pessoas em reuniões familiares, retorna o atendimento comercial somente por entrega ou retirada no local, suspende a realização de cultos e missas com público, responsabiliza instituição e estabelecimentos pelo uso da máscara no interior e proíbe totalmente a venda de bebidas alcoólicas no município.
Medidas
O decreto também estabelece que sejam suspensas as atividades das academias, feiras, motéis e estabelecimentos de embelezamento, como clínicas de estética e barbearias. Todas essas atividades haviam sido liberadas, com restrições, nos atos anteriores. Os serviços se juntam ao grupo em que estão bares, locais de eventos, clubes recreativos, campos esportivos, salões e comércio ambulante em geral.
“Era esperado”
O prefeito disse que Araguaína está “vivendo o que era esperado”. “Era o natural essa transmissão em cidades às margens das rodovias, a gente só espera que o crescimento entre a população seja relativamente estável e não se torne muito grande. Os parâmetros sempre foram a ocupação dos leitos, continuamos com uma folga em relação aos leitos, menos de 30% ocupados, e a maior parte de gente de outras localidades. Se atingir 150 casos serão tomadas novas medidas”, afirmou Dimas.
Não é culpa do comércio
A presidente da Associação Comercial e Industrial de Araguaína, Hélida da Dantas, destacou o comprometimento do comércio com as medidas. “Só queria que a culpa não fosse atribuída ao comércio. O plano feito até agora foi sabotado pelas viagens das pessoas e pelos caminhoneiros e não por causa do comércio está funcionando. Mas que a gente não esqueça das nossas atividades econômicas”.