A assessora do Sindicato dos Servidores Públicos do Tocantins (Sisepe), Aline Sêne, passou por um constrangimento nessa quinta-feira, 9, durante a cobertura da aprovação da data-base unificada na Assembleia Legislativa (AL). Em nota de repúdio, a entidade sindical narra que a jornalista teve o crachá de identificação como imprensa tomado por seguranças da Casa de Leis. “O ato contra a jornalista, no exercício da sua profissão, não pode ser tolerado ou justificado em nenhum local, muito menos no Parlamento”, dispara o Sisepe.
Mais truculência
De acordo com a nota do Sisepe, a assessora ainda foi abordada quando saía do prédio por mais três seguranças, que voltaram a pedir que devolvesse um novo crachá que recebeu da Diretoria de Comunicação (Dicom) após o primeiro episódio. “Inclusive chamando apoio da Polícia Militar, como uma tentativa de coagir a profissional. O sindicato alerta que o segurança ao tomar o crachá da jornalista viu outras pessoas ao seu lado com crachás, homens, mas nada foi dito a eles. Parece que a ação truculenta também teve um caráter machista”, acrescentou.
Ato também contra o sindicato
A nota termina afirmando que o episódio também é um ataque à entidade. “A nossa colaboradora estava atuando pelo Sisepe e não toleraremos que ela seja constrangida na Assembleia Legislativa, esses atos também foram contra o sindicato. Esperamos que esses trágicos episódios sejam únicos e que não ocorram mais com nenhum profissional e que a política de segurança da Casa de Leis seja revista”, termina.
Não houve orientação
O Parlamento se manifestou sobre o ocorrido e informou que “não há nenhuma orientação”, à segurança, para proceder com o tipo de abordagem a qual a assessora do Sisepe foi submetida. Conforme a Casa de Leis, a Dicom cedeu outro crachá à jornalista “imediatamente” após o episódio.
Reunião
Conforme a nota, o presidente da Assembleia Legislativa, Antônio Andrade (SD), determinou que os seguranças da Casa de Leis se reúnam nesta quinta-feira, 10, com a Dicom para receber orientação sobre o acesso dos profissionais de comunicação às dependências do Legislativo.