Levantamento junto aos Boletins Epidemiológicos, da Secretaria Municipal da Saúde de Palmas, sobre as doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, mostra que o número de casos suspeitos de dengue na Capital vem escalonando desde o início de janeiro. Na semana entre os dias 7 e 13 do mês passado foram 104. Esse número subiu para 145 entre os dias 14 e 20 de janeiro; para 173 entre 21 e 27; e chegou agora a 243 entre 28 de janeiro e 3 de fevereiro.
DENTRO DE CASA
Em pronunciamento à nação na noite desta terça-feira, 6, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, fez um apelo para que a população adote cuidados para evitar a proliferação de criadouros do mosquito transmissor da dengue dentro de casa. Segundo a ministra, 75% dos focos estão localizados nas residências. “Precisamos redobrar os cuidados com as nossas casas e nas áreas em volta delas. Cerca de 75% dos focos estão dentro de casa. Vamos tampar as caixas d’água, descartar o lixo corretamente, manter as vasilhas de água dos animais sempre limpas, guardar garrafas e pneus em locais cobertos, retirar água acumulada dos vasos e plantas”, disse.
Assista o pronunciamento da ministra:
RECEBAM OS AGENTES
Nísia Trindade pede ainda que as pessoas recebam os agentes de endemias, que irão ajudar a eliminar os focos. “Receba-os, ajude-os na localização e na erradicação de possíveis focos do mosquito em sua casa e na sua vizinhança”.
MEDIDAS ADICIONAIS
O aumento crescente de casos da doença neste início de ano exige medidas adicionais por todas as instâncias de governo, conforme a ministra. “É fundamental que os prefeitos e prefeitas intensifiquem os cuidados com a limpeza urbana, evitando o acúmulo de lixo e de água onde os mosquitos se proliferam. Da mesma forma, é essencial a ação dos governadores, apoiando seus sistemas de saúde”, afirmou, citando que o Ministério da Saúde ampliou em R$ 1,5 bilhão o repasse a estados e municípios. “Agora é hora de todo o Brasil se unir contra a dengue”, ressaltou.
EXPLOSÃO DE CASOS
A explosão de casos de dengue em diversas regiões do país fez com que pelo menos quatro estados – Acre, Minas Gerais e Goiás, além do Distrito Federal – decretassem situação de emergência em saúde pública. Estima-se que o Brasil pode contabilizar mais de 4,1 milhões de casos em 2024.
VACINAÇÃO DE FORMA PROGRESSIVA
Sobre a vacinação, Nísia Trindade disse que ocorrerá de forma progressiva, em razão do número limitado de doses fornecidas pelo laboratório fabricante da Qdenga. Na primeira fase, terão prioridade as crianças entre 10 e 14 anos, faixa etária com o maior número de internações pela doença. O imunizante será distribuído para 521 municípios por terem maior incidência da doença. “Ao mesmo tempo, o Ministério da Saúde coordenará um esforço nacional para ampliar a produção e o acesso a vacinas para dengue, disse a ministra. (Com informações da Agência Brasil)