A Prefeitura de Palmas confirmou no sábado, 25, que a Covid-19 já se prolifera pelo município por transmissão comunitária, ou seja, há casos em não é mais possível rastrear a origem do contágio. Com a nova fase da doença na Capital, a diretora de Vigilância Epidemiológica, Marta Malheiros, conversou com a Coluna do CT para reforçar a importância do trabalho individual do cidadão para evitar a propagação do novo coronavírus.
Pessoas afrouxaram medidas de contenção
Marta Malheiros destaca ser essencial a conscientização da população, que deve manter todas as medidas de contenção, como higienização constante, uso de álcool em gel e máscaras, distanciamento social. “São questões que estavam sendo batidas pelo Ministério da Saúde desde o início da pandemia e que muitas pessoas afrouxaram por achar que o vírus não circula nas ruas”, afirma a servidora.
O vírus está em todos os espaços do município
A diretora de vigilância epidemiológica do município defende que as pessoas devem abandonar a ideia de que estão livres do contágio devido aos poucos casos ou pela fato da doença ter chegado de fora. “O vírus está em todos os espaços do município. Nos espaços públicos, supermercados, farmácias, em qualquer lugar pode ter pessoas assintomáticas que estejam transmitindo a doença, ou até sintomáticas que ainda não procuraram serviços de saúde”, emendou.
Cuidados ainda maiores
O impacto da confirmação da transmissão comunitária no plano de descontingenciamento do município ainda deve ser analisado pelo Centro de Operações de Emergência (COE) do município, mas Marta Malheiros já aponta para a necessidade de fortalecer as restrições e a fiscalização dos estabelecimentos beneficiados com as primeiras flexibilizações. “O que [a transmissão comunitária] mostra é que o cuidado destes locais vão ter que ser maiores. Todo local que é aberto tem um plano de trabalho em relação ao que vão fazer para garantir a segurança das pessoas, funcionários. Isto tem que ser bem amarrado”, comenta.
Compromisso de cada um
Marta Malheiros informou que o município já trabalhava com a expectativa da transmissão chegar a ser comunitária assim que o Brasil registrou o primeiro caso deste tipo. Neste cenário, a diretora de vigilância voltou a pedir conscientização da população. “A gente precisa é reforçar o cuidado individual e o compromisso de cada um diante da pandemia”, disse.
Doença deve ser temida
A servidora finalizou com críticas a desrespeitos às orientações de saúde, como a realização de festas particulares. “Isto não tem como acontecer neste momento. Infelizmente a gente tem que segurar tudo isto. E não depende de uma legislação que vou fazer, mas da pessoa, porque é dentro da casa dela. A gente não tem como fiscalizar a casa das pessoas. Isto que a gente quer ressaltar: as pessoas devem realmente temer a doença”, conclui.