A correção visual a “laser” atualmente é um tratamento bastante seguro e eficaz, com baixos índices de intercorrências ou complicações. Hoje falaremos brevemente sobre suas indicações, como são realizados os principais procedimentos, sua recuperação e resultados que devemos esperar.
A cirurgia de correção é indicada para portadores de miopia, hipermetropia, astigmatismo e presbiopia que se sentem dependentes dos óculos para executar suas atividades diárias, quaisquer que sejam elas. Desta forma, o principal objetivo ou indicação da correção visual é proporcionar uma melhor qualidade de vida, mais independente dos óculos.
São potenciais candidatos os que tenham mais de 18 anos de idade, apresentem o “grau” considerado estável e não tenham contraindicação clínica ou baseada nos exames pré-operatórios. Pessoas que já realizaram outros tipos de cirurgia, como catarata, estrabismo, plástica palpebral, entre outras, também podem se submeter à correção do grau residual para melhorar a visão.
A maior demanda, sem dúvida, é do público mais jovem, que quer andar por aí enxergando sem óculos. Entretanto, atualmente é cada vez mais comum operarmos pacientes em idade mais avançada, que já realizaram outra cirurgia ocular, como catarata, por exemplo, mas querem melhorar ainda a visão e executar melhor suas atividades.
Os três principais métodos de correção a “laser” são: FEMTOLASIK, LASIK E PRK, que basicamente corrigem a mesma coisa, utilizam o mesmo “laser”, têm resultados semelhantes, porém têm indicações diferentes, a depender do tipo de córnea e do tipo de “grau” do paciente, e também têm períodos de recuperação diferentes.
O LASIK é um procedimento que dura em torno de 8 minutos por olho, normalmente bem confortável durante a execução e cuja recuperação visual se dá, em grande parte, nas primeiras 24 horas!
Durante o LASIK, uma fina camada da córnea é “temporariamente” elevada por uma micro lâmina, através de um aparelho especial. Isso expõe a parte interna da córnea onde o “laser” vai ser aplicado.
Após a aplicação, que dura alguns segundos, reposiciona-se esta camada e a cirurgia está terminada. No LASIK a superfície da córnea não é diretamente afetada, o que proporciona recuperação quase imediata.
O FEMTOLASIK é uma evolução do LASIK. Nele fazemos as mesmas etapas do LASIK, porém não se usa mais a microlâmina e sim outro laser denominado FEMTOLASER, o que torna o procedimento mais seguro e previsível! Este é o método mais moderno da atualidade.
Já no PRK, a superfície é diretamente afetada, pois antes de aplicar o “laser”, é necessária a remoção do epitélio, que é uma camada mais superficial e que demora alguns dias para se regenerar e estabilizar. O paciente permanecerá com uma lente de contato em torno de 7 dias e aguardará a estabilização em torno dos 30 dias. O procedimento também é rápido, em torno de 5 a 7 minutos, e não dói durante sua execução.
Com relação à recuperação, como comentamos, no FEMTOLASIK e LASIK é bem rápida e confortável, mas normalmente ele é reservado para “graus” menores e córneas mais espessas. Já no PRK, a recuperação é mais lenta, podendo ultrapassar 30 dias, e eventualmente desconfortável nos primeiros dias com sensação temporária de corpo estranho e flutuação da visão. Entretanto é a técnica mais segura em córneas finas e “graus” elevados.
Tanto FEMTOLASIK/LASIK quanto PRK podem gerar um quadro de olho seco durante alguns meses, devendo-se usar colírios lubrificantes por um período mais longo.
A escolha da técnica a ser utilizada deverá ser tomada pelo oftalmologista com experiência em correção visual e levará em conta critérios de segurança, pincipalmente, em cada caso e também de preferência pessoal profissional.
Todas essas técnicas corrigem o “grau” modificando o formato final da córnea, que é a primeira lente do olho. Uma “nova” lente é esculpida e este novo formato é que corrige o “grau”. O que muda entre elas é basicamente apenas o local na córnea onde o “laser” é aplicado.
E o que devemos esperar da correção visual? Como já comentei, o principal objetivo da correção é proporcionar uma grande redução do grau, que gira em torno de 95% ou mais, e isso permite que o paciente execute suas atividades corriqueiras sem óculos, na imensa maioria dos casos. Dessa forma, o objetivo da correção não é zerar o “grau”, embora ele fique muito próximo disso, mas permitir que mesmo com algum “grau residual” o paciente possa se sentir mais livre dos óculos e executar suas atividades sem eles.
Os que eventualmente não caírem nestes 95% que alcançam esta liberdade poderão ser submetidos a uma aplicação complementar de “laser” para corrigir um pouco mais o resíduo, desde que seja seguro. Caso isto não seja possível, poderão voltar a usar óculos, porém com um grau muito menor do que o que utilizavam antes da correção!
Sendo assim, a correção visual a “laser” realmente é um procedimento capaz de mudar a vida das pessoas, trazendo uma melhor qualidade de vida, de lazer e de trabalho, que, no final das contas, é tudo o que a gente deseja para nós mesmos e para os outros.
TIAGO ALMEIDA GONÇALVES VIDA BESSA
É proprietário, diretor e médico oftalmologista do Centro de Correção Visual Vision Laser
E-mail: contato@visionlaserpalmas.com.br