Daynan Ribeiro Silveira e Matheus Carvalho da Silva, vulgo “Branquinho”, dois dos três jovens que assaltaram a residência do prefeito de Tocantínia, Manoel Silvino (SD), no dia 4, são membros da facção criminosa paulista Primeiro Comando da Capital (PCC). A informação é do promotor João Edson de Souza, que denunciou a dupla à Justiça nesta segunda-feira, 19.
Durante o roubo, o gestor e seu motorista, João Mascarenhas Barros, foram baleados. O promotor pede a condenação dos dois suspeitos por roubo majorado, latrocínio tentado e receptação.
Os suspeitos foram presos por uma força-tarefa formada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público Estadual (MPE), em conjunto com as Polícias Militar e Civil. Eles se encontram recolhidos na Cadeia Pública de Miracema.
Conforme o Ministério Público Estadual (MPE), Branquinho confessou a prática dos crimes e afirmou ser o autor dos disparos de arma de fogo que atingiram Manoel Silvino e João Mascarenhas. Daynan, ainda de acordo com o MPE, também confessou ter participado da ação, mas afirmou que sua função foi somente vigiar o imóvel, para que os comparsas agissem com toda tranquilidade. Um terceiro participante do crime ainda está foragido.
Entenda o Caso
Segundo testemunhas, o prefeito estava em casa com parentes e amigos se preparando para comemorar o aniversário, quando pediu que o motorista o levasse até uma padaria. Os criminosos se aproveitaram do momento para entrar na casa e render quem estava no local, inclusive os três filhos do político, todos menores de idade. Três homens participaram da ação, dois entraram e um ficou do lado de fora da casa.
Testemunhas contaram ainda que os homens agrediram a mulher do prefeito e outras pessoas, entre eles o ex-prefeito de Santa Fé do Araguaia e ex-presidente da Associação Tocantinense de Municípios (ATM) Valtênis Lino.
Quando Silvino e o motorista retornaram, perceberam o assalto. Ele e o motorista foram baleados, após o prefeito reagir e tentar tomar a arma de um dos assaltantes.
Silvino foi encaminhado para o Hospital Geral de Palmas (HGP) e passou por cirurgia para a retirada da bala alojada na barriga. Recebeu alta no dia 12, após ficar oito dias internado. O motorista João Mascarenhas foi internado no Hospital Regional de Miracema e não precisou passar por cirurgia, recebendo alta no dia 5. (Com informações da Ascom do MPE)