O Tocantins já tem 19 óbitos por afogamentos registrados em 2021, pelo Corpo de Bombeiros Militar. Em 2020, no primeiro trimestre, eram 14. Os dados geram alerta e, ao mesmo tempo, apontam que os banhistas não levam a segurança pessoal a sério. Entre as vítimas, há apenas uma mulher. O restante, 95%, é de homens. A observação é do gerente de Monitoramento da Defesa Civil Estadual, major Antônio Luiz Soares da Silva.
Um dos exemplos desse comportamento de risco, conforme observa o major, é a vítima Jânio Cândido da Silva, 38 anos, que morreu afogado no último domingo, 11, após cair em uma queda d´água em um Balneário, em Taquaruçu, cerca de 30 km de Palmas. O local é de fortes correntezas e muitas pedras por onde a água passa. A vítima ficou enroscada e só foi localizado 24 horas depois, pelos mergulhadores da Companhia Independente de Busca e Salvamento (CIBS).
“As pessoas entram na água, em local com correnteza, que elas não conhecem a profundidade”, destaca Major Soares. “E muitas vezes elas não têm habilidade com a natação, se aventurando nesse tipo de comportamento de risco. É importante que as pessoas não se aventurem. Evitem esse comportamento de risco, fazendo travessias, nadar se afastando da margem, saltar de elevações ou entrar onde se conhece”, completou.
Várias atitudes que podem levar uma pessoa ao afogamento nos rios foram observadas no ano passado, quando, no Estado, houve 73 vítimas. O maior número foi em setembro, com 13 óbitos.
Ainda no ano passado, só no primeiro trimestre foram 14 óbitos. E até agora, em 2021, 19 pessoas morreram afogadas. “Nossa linha de tendência, em relação ao restante do ano, a situação é bem negativa”, disse o gerente de Monitoramento.
Conforme apontam as estatísticas da Gerência de Monitoramento da Defesa Civil Estadual, em relação aos afogamentos deste ano, 95% eram homens; 82% das vítimas não sabiam nadar; 55% estavam alcoolizadas; 55% em correnteza; 50% foram em rios, entre outros.
Taquaruçu
O afogamento em Taquaruçu ocorreu por volta das 16 horas. Jânio Cândido da Silva estava sobre uma pedra, em local com muitas correntezas, quando teria escorregado e caiu no ponto onde duas quedas d´água se encontram. Amigos que estavam juntos não o viram mais.
O capitão Rafael Menezes, comandante da Companhia Independente de Busca e Salvamento, afirmou que, “o perfil do local atrapalhou muito a operação, pois é cheio de pedras grandes, correntezas muito fortes e o rapaz caiu entre as quedas de água”.
Os bombeiros militares foram acionados logo que houve o afogamento, fazendo as buscas em seguida, mas não tiveram êxito. O corpo do rapaz só foi encontrado 24 horas depois. Os bombeiros militares usaram até uma retroescavadeira, que fez um pequeno desvio no curso da água e assim diminuiu parte da pressão no local, possibilitando que o corpo da vítima fosse encontrado. Jânio Cândido era casado e tinha quatro filhos. A esposa com as crianças estava em Conceição do Araguaia, onde eles moravam. (Da assessoria de imprensa)