O secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Marcelo Lelis (PV), e a procuradora-geral do Estado, Irana Coelho, estiveram em Brasília nesta quarta-feira, 19, para uma audiência pública com o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), para tratar da crise climática resultado dos incêndios florestais.
ILHA DO BANANAL É O PRINCIPAL PROBLEMA
Pelo Tocantins, Marcelo Lelis apresentou a gravidade da situação da Ilha do Bananal, citando que Lagoa da Confusão, Pium e Formoso do Araguaia estão entre os municípios que mais queimam justamente por possuírem território na região. O secretário também destaca que 37% dos focos estão em áreas federais. “Este é o nosso principal problema. Precisamos imediatamente de helicópteros e reforço”, afirmou. Conforme o gestor, os brigadistas tem atuado apenas à noite, porque o alto calor e os ventos do período diurno impedem a atuação.
MINISTRO PROVOCA AGU
Diante do relato, o ministro Flávio Dino acrescentou a Ilha do Bananal no mutirão de fiscalização e acompanhamento, além de acionar a Advocacia-Geral da União (AGU) para se manifestar em 48 horas sobre apoio aéreo. “Se tem, como é feito; se não tem, por quê?”, resumiu.
CRÉDITO EXTRAORDINÁRIOJ
O governo federal publicou a Medida Provisória que oficializa o crédito extraordinário de R$ 514 milhões para combate às queimadas na Amazônia. Do total anunciado durante reunião do presidente Lula da Silva (PT) com representantes dos Poderes para discutir medidas coordenadas de enfrentamento à emergência climática na terça-feira, 17, R$ 154,75 milhões serão destinados às Forças Armadas para atuação na Amazônia Legal, que inclui o Tocantins. Outros R$ 130 milhões serão repassados ao Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional para ações de defesa civil e proteção, além de gestão de riscos e desastres.