O Tocantins passa a contar, em 2022, com uma ferramenta que utiliza geotecnologia de alta resolução para apoiar o trabalho de monitoramento em diversas frentes. O compartilhamento das imagens de satélite diárias PlanetScope possibilita, além do monitoramento semanal de alertas de desmatamento, cicatrizes de queimada e degradação ambiental, apoio a perícias, investigações, operações e análises diversas para a construção de políticas públicas no Estado. O contrato assinado pela Secretaria do Meio Ambiente e Recursos (Semarh) e a Santiago & Cintra Consultoria (SCCON), responsável pelo desenvolvimento da ferramenta, prevê o acesso à Plataforma Web que está sendo compartilhado com outros órgãos de Estado que tenham interesse em utilizar as imagens de satélite.
A secretária do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Tocantins, Miyuki Hyashida, ressaltou a relevância do acesso às imagens de satélite PlanetScope e disse que a Semarh fez questão de convidar diversos órgãos do Estado para tomarem conhecimento e fazerem uso “desta ferramenta tão importante para todos. Então estendemos o convite aos secretários para que também tenham acesso e façam o melhor uso dessas informações tão valiosas”.
Nesta segunda-feira, 17, foi realizada a primeira etapa de capacitação para acesso à Plataforma Web para download de imagens diárias, via videoconferência, com representantes de diversos órgãos da administração direta e indireta do Estado. Para ter acesso à plataforma e às imagens de satélite de alta resolução é necessário aderir ao Programa Brasil Mais, do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Atualmente, no Tocantins, somente a Semarh e o Ministério Público Estadual (MPE-TO) já aderiram ao programa, e o Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) e a Secretaria do Planejamento e Orçamento (Seplan) já solicitaram adesão.
O contrato entre a Semarh e a SSCON prevê a realização de capacitações técnicas para utilização da plataforma, que irão explorar as ferramentas recém-construídas, as cotas de download das imagens de alta resolução que servirão como base para o Dashboard de monitoramento dos alertas de desmatamento e queimadas, o detalhamento dos geoserviços e das demais customizações. Neste, que foi o primeiro treinamento, foram apresentadas as especificações técnicas dos produtos, como é feita a utilização da Plataforma Web para acesso às imagens e a utilização dos plugins (QGIS) para acesso às imagens e mosaicos.
De maneira simplificada, os técnicos do Estado puderam compreender o potencial da plataforma e como fazer melhor uso dela para diversas atividades. É possível, por exemplo, delimitar uma área de análise no mapa do Tocantins indicando períodos específicos de tempo para observar alterações na cobertura vegetal, resultando numa visualização de “antes e depois”. A mesma possibilidade pode ser utilizada para analisar a ocupação territorial, infraestrutura de rodovias, entre outros indicadores sociais e ambientais. Será possível acessar imagens dentro da camada de visualização de interesse contratada, no caso, o território do Tocantins, aplicando diversos filtros, por intervalo de data, tipo de imagens, geração do satélite, quantidade de nuvens ou a partir de um ID (identificação da imagem) específico.
Obtidas a partir de satélites de três gerações (Dove Classic, Dove Refresh e Super Dove), as imagens PlanetScope possuem alta resolução espacial, sendo possível detectar com precisão objetos pequenos, e espectral – o sensor multiespectral inclui a faixa infravermelha, que permite outras possibilidades de observação de áreas sensíveis da vegetação.
A diretora de Instrumentos de Gestão Ambiental da Semarh, Marli Santos, ressaltou que o melhor proveito da ferramenta vai depender de cada uma das secretarias de Estado que foram convidadas. “Como é uma aquisição da Semarh, mas que permite a utilização por todas as secretarias, agora precisamos agilizar o cadastro de todos no Ministério da Justiça e Segurança Pública para que possamos começar a acessar o quanto antes, já que o contrato finaliza em dezembro de 2022”, pontuou.
Imagem de Satélite
É um arquivo de imagem obtido por sensoriamento remoto a partir de um satélite artificial. Esse processo poderia ser explicado de maneira simples como a obtenção de uma fotografia da Terra por meio de um sensor localizado no espaço, dentro de um satélite. A utilização de imagens de satélite é importante para a obtenção de informações espaciais baseadas em geotecnologias para dar suporte ao monitoramento ambiental. (Da assessoria de imprensa)