A sessão solene em homenagem ao Dia do Jornalista realizada na Assembleia Legislativa, nesta terça-feira, 10, foi marcada pelas homenagens e reconhecimento ao trabalho de profissionais de jornalismo do Tocantins que lutam pelo fortalecimento e credibilidade da informação e se destacaram na sociedade por meio de trabalhos e ações. Entre os 14 homenageados está o diretor executivo do CT, jornalista Cleber Toledo.
Ele discursou em nome dos indicados e destacou o papel do jornalista na sociedade e a luta pela conquista de leitores, telespectadores, internautas e ouvintes. Ele falou das dificuldades da profissão, muitas vezes mal compreendida, e impedida de exercer seu papel.
“Ser operário dessa causa exige coragem, sacerdócio, devoção, sacrifício e esforço, pois muitas vezes, mesmo sem reconhecimento, insistimos, lutamos, nos ferimos, e de cabeça erguida, prosseguimos. O fato de sermos vítimas dessa batalha, por si só, mostra o quanto somos fundamentais e como a informação tratada por profissionais é um produto de primeira necessidade para a construção da sociedade, para seu fortalecimento, para seu amadurecimento e para o seu desenvolvimento”, ressaltou.
O homenageado agradeceu à Casa por lembrar da luta e bandeiras levantadas pelos jornalistas e a todos os cidadãos que, por meio do trabalho da imprensa, pautam suas vidas, formam suas opiniões e tomam suas decisões.
A deputada Luana Ribeiro (PSDB), que presidiu a sessão solene, ressaltou o quanto é imprescindível a luta pelo respeito aos jornalistas e a imprensa. “Neste dia do jornalista e diante dos fatos recentes de agressão e impedimento aos profissionais realizarem seu trabalho, é importante lutarmos por respeito. É através do respeito que somos compelidos a tratar uns aos outros sem enfrentamentos. Não preciso concordar com uma notícia que seja veiculada para que eu respeite o profissional que a produziu”, completou.
O deputado Paulo Mourão (PT), que indicou Toledo para ser homenageado, lembrou também de nomes de profissionais que atuam no mercado tocantinense elogiando-os. Além dos homenageados, ele citou outros jornalistas que disse que não podem ser esquecidos pelos seus relevantes trabalhos que também desenvolvem: Tião Pinheiro, Luiz Armando, Umberto Salvador, Roberta Tum, Sidney Neto, Emerson Alencar, Aline Sene, Juarez falcão, Júnior Veras, Socorro Loureiro, Vieira de Mele, Jocyelma Santana, Gilson Cavalcante, Pena Forte, Luiz Pires, Zacarias Martins, Elvecino Benício e os nossos pioneiros que lutaram pela divisão do Estado do Tocantins e tiveram o seu trabalho como marco na história do Tocantins, como esses dois grandes jornalistas Trajano Coelho e Otávio Barros.
Dedicação
O deputado Wanderlei Barbosa (PHS) elogiou o trabalho e dedicação dos jornalistas homenageados e ressaltou que em tempos de fake news (notícias falsas), a informação verdadeira é um produto de muito valor. “É com muita satisfação que prestigiamos e apoiamos o trabalho desses jornalistas. Prezamos pela informação de credibilidade e sabemos que as notícias levadas à população por esses profissionais são verdadeiras, pois eles desempenham o seu papel com responsabilidade e respeito aos fatos”, enfatizou o parlamentar.
A deputada estadual Valderez Castelo Branco Martins (PP) indicou homenagem a José Eduardo de Azevedo, jornalista com passagem por veículos de comunicação na capital e também como assessor de imprensa da própria deputada por dois anos. Hoje em Brasília (DF), no Gabinete do deputado federal Lázaro Botelho (PP). “Com sua competência e carisma, mesmo tão jovem, conquistou seu espaço. Desejo que outros também possam tê-lo como um exemplo a ser seguido”, afirmou.
Para José Eduardo é muito gratificante ter o trabalho reconhecido. “Agradeço a deputada Valderez e aos demais parlamentares pela homenagem e aproveito a oportunidade para levar uma mensagem de união e solidariedade a todos nós jornalistas”, declarou.
Ainda durante a ocasião, Valderez citou os diversos ramos do jornalismo, como imprensa escrita e televisiva, o rádio e as mídias digitais, e enfatizou de maneira especial os comunicadores que atuam em Araguaína e região, “Vocês que, em um mundo conectado, buscam e levam informações de todos os lugares, noticiando os fatos em tempo real, ajudam a construir a história”, concluiu.
Calendário
A sessão solene em comemoração ao Dia do Jornalista faz parte do calendário de eventos da Assembleia Legislativa e se tornou uma das datas comemorativas permanentes desde 2004, por meio de uma Resolução de autoria da deputada Solange Duailibe (PT). A data é comemorada no Parlamento no dia 7 de abril, ou na sessão ordinária subsequente.
Homenageados
Neste ano foram agraciados os jornalistas Carlos Gomes, Ivonete Mota, Cleber Toledo, Alessandra Barcelar, Kiara Lubick, Georgethe Pinheiro, Márcia Alves, Eduardo Azevedo, Arnaldo Filho Lima, João Renildo Gomes, Álvaro Valim, Welcton Rodrigues de Oliveira, João José Ferreira da Silva, Maria José Cotrim e Fernando Almeida da Costa.
Confira a íntegra do discurso do jornalista Cleber Toledo:
“Bom dia a todos,
Ensina o grande mestre do nosso ofício Clóvis Rossi que o jornalismo, independente de qualquer definição acadêmica, é uma fascinante batalha pela conquista das mentes e corações de seus alvos – leitores, telespectadores, internautas ou ouvintes.
Isso ficou muito claro nesse histórico e tenso final de semana, em que brasileiros, divididos em seus campos ideológicos, estavam com os nervos a flor da pele, numa hipersensibilidade provocada justamente pelas notícias que, por ofício e missão, precisamos levar ao Tocantins, ao País e, na era da internet, ao mundo.
O saldo de seis jornalistas agredidos em meio à tensão do final do semana mostra que buscar informação não é tarefa fácil. Somos com frequência as primeiras vítimas dessa batalha por mentes e corações. Seja pela incompreensão, seja pela intolerância com as diferentes posições, seja porque somos vocacionados à provocação para que o debate aflore, e a democracia prevaleça e se consolide.
Mas o fato de sermos vítimas dessa batalha por mentes e corações, por si só, mostra o quanto somos fundamentais e como a informação tratada por profissionais é um produto de primeira necessidade para a construção da sociedade, para seu fortalecimento, para o seu amadurecimento e para o seu desenvolvimento.
Essa batalha por mentes e corações, portanto, não é uma opção àqueles que labutam no dia-a-dia das Redações. Trata-se de imperiosa e natural consequência do fazer jornalístico. Por isso, ser operário dessa causa exige, acima de tudo, coragem, porque estar neste front é necessariamente desagradar alguém, que não poucas vezes tem poder.
A batalha por mentes e corações exige também dedicação. Jornalismo é um sacerdócio, por vários aspectos. É preciso devoção, sacrifício, esforço. É sacerdócio porque muitas vezes temos que transitar entre o sagrado e o profano, o que leva nossas ações frequentemente para o tribunal das nossas consciências” (Com informações da assessoria de imprensa/Fotos: Ises Oliveira e Cleyton Christus/Dicom ALTO; Ulisses Holanda e Luzinete Martins)