O avanço tecnológico mais uma vez bate à porta do nosso Estado. A equipe de médicos do Cardioplaza realizou essa semana mais um procedimento inovador que envolve muita ciência, tecnologia, expertise e coloca a medicina de Palmas em um outro patamar, equiparando-se aos melhores e mais avançados centros do país.
Há pouco mais de dois meses foi realizado pela primeira vez no Estado o implante de válvula aórtica transcateter (https://clebertoledo.com.br/tocantins/procedimento-inovador-que-repara-valvula-aortica-sem-abrir-o-peito-ja-e-realizado-em-palmas/) sem a necessidade da abertura do tórax, como ocorre na cirurgia convencional. Essa técnica, embora nova aqui em Tocantins, já é bem fundamentada mundialmente e a forma de execução amplamente estabelecida. Porém o implante da válvula Mitral Transcateter ainda é um grande desafio na área médica.
Este procedimento foi aprovado para a realização em nosso país recentemente existindo pouco mais de 20 casos em todo território nacional. O Cardioplaza, lotado no Hospital Santa Thereza, executou com grande propriedade tal procedimento, o que trouxe enorme benefício para a paciente, podendo esta receber alta hospitalar em menos de 48 horas após ter a válvula Mitral do coração disfuncionante substituída por outra, sem a necessidade da abertura do peito, permitindo um tempo de internação em CTI muito reduzido, além da redução significativa do desconforto e da dor no pós-operatório entre outros benefícios.
A paciente já havia sido submetida a cirurgia cardíaca convencional para a troca da válvula Mitral há 5 anos e infelizmente ocorreu uma degeneração precoce. A ideia de fazer nova cirurgia para trocar novamente a válvula era rechaçada pela paciente por ser um procedimento muito agressivo com longos períodos de recuperação e grande desconforto. Assim, a possibilidade de realizar tal intervenção de forma minimamente invasiva sem se quer receber um ponto de sutura foi prontamente aceita.
O coração possui quatro válvulas sendo que uma delas a mitral que regula a passagem de sangue entre duas cavidades cardíacas (átrio esquerdo e ventrículo esquerdo). Em alguns casos pode haver um mal funcionamento dessa válvula ou por dificuldade de abertura (estenose) ou por incapacidade de adequado fechamento (insuficiência). No caso em questão havia uma importante insuficiência Mitral o que acarretou “falta de ar” (dispneia) importante e muito limitante e a impossibilitava de realizar mínimos esforços físicos tornando imperativo a substituição da válvula sob pena de agravamento ainda maior do quadro e até mesmo morte.
Além dos sintomas da paciente e da consulta com um médico cardiologista experiente o ecocardiograma é ferramenta fundamental para a definição da conduta assim como um estudo tomográfico detalhado.
O procedimento se faz de forma inteiramente percutânea sem a necessidade de cortes, através de uma veia calibrosa na região da virilha. Através desse acesso venoso a válvula é introduzida e guiada até o coração onde é implantada com precisão milimétrica e imediatamente começa a funcionar em substituição da válvula outrora com defeito.
Para a realização desse tipo de procedimento uma equipe multidisciplinar é fundamental e nesse caso, foi possível contar com os médicos Dr Bernardo Kremer; Dr Marcello Sena; Dr Cleber Henrique; Dr. Gustavo Lira; Dr Paulo Henrique Duarte de Lima; Dr Murilo Castro; Dr. Dimitri Siqueira. Além do enfermeiro Flávio Miranda e técnica Fernanda Flavianne
Com muito orgulho e satisfação que toda a equipe envolvida celebra o sucesso do procedimento e o impacto que isso gerou e gerará dentro da comunidade médica do Tocantins. Após essa intervenção Palmas ficou inserida muito positivamente dentro do cenário médico nacional.(Da assessoria de imprensa)