O Ministério Público do Tocantins (MPE) ofereceu denúncia contra três policiais militares por um suposto esquema de venda de motocicletas e automóveis apreendidos entre o fim de 2021 e fevereiro de 2022. São alvos o major Dianyr Jales da Silva, que respondia pela 4ª Companhia Independente; o tenente Adelman Lustosa; e o 3º sargento Cícero Silva Neto.
ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA
Conforme o inquérito militar, o major teria autorizado e ordenado que Adelman e Cícero vendessem e entregassem veículos que estavam apreendidos nos pátios das unidades da região da 4ª CIPM, isto em associação criminosa e com a participação de donos de ferros-velhos.
PRISÕES CHEGARAM A SER EFETUADAS
A inicial do órgão de controle narra que a movimentação de veículos apreendidos retirados das unidades militares gerou investigação da Central de Inteligência da Polícia Militar do Tocantins (PMTO), o que resultou na prisão de três pessoas em março deste ano por estarem em posse de 25 motocicletas que deveriam estar nos pátios da corporação. Os detidos confirmaram que negociaram compras de veículos com o tenente Adelman Lustosa e o 3º sargento Silva Neto, citando pagarem R$ 1 mil por cada moto, que depois eram vendidas entre R$ 2,5 mil e R$ 3 mil, após manutenção.
NOVE CARROS E 30 MOTOS
De acordo com o Ministério Público, a investigação encontrou provas de que a quadrilha, em associação criminosa organizada de forma duradoura, apropriou-se e vendeu 9 carros e 30 motocicletas que estavam na posse da Polícia Militar, se utilizando dos cargos que possuíam perante o comando da 4ª CIPM. O órgão de controle tem áudios que indicam a atividade ilícita. O MPE os denunciou por peculato, extravio e por formação de organização criminosa.
CORREGEDORIA
Acionada, a Polícia Militar informou que os três militares respondem a um conselho da Corregedoria-Geral, que apura se ainda reúnem os requisitos para permanecer nas fileiras da corporação. Dois deles estão à disposição da junta médica, enquanto um atua em serviços internos. “A instituição reafirma à sociedade seu compromisso com a legalidade e imparcialidade, bem como reitera não coadunar com posturas incompatíveis com a nobre função pública”, encerra.
Leia a íntegra da nota:
“Em resposta a este veículo de comunicação, a Polícia Militar do Tocantins informa que dois, dos três policiais militares, estão à disposição da junta médica da PMTO. O terceiro policial está atuando nos serviços internos da corporação.
Os três policiais respondem ainda a um Conselho, instaurado pela Corregedoria-Geral da PMTO, para apurar se eles ainda reúnem os requisitos para permanecer nas fileiras da corporação.
Por fim, a instituição reafirma à sociedade seu compromisso com a legalidade e imparcialidade, bem como reitera não coadunar com posturas incompatíveis com a nobre função pública.”