O Ministério Público Estadual (MPE) voltou a se manifestar nesta terça-feira, 31, no processo judicial que pede a regularização da oferta de plantões médicos nas áreas de ginecologia e obstetrícia no Hospital Regional de Gurupi (HRG). O Tocantins será obrigado a cumprir a sentença expedida ainda em agosto deste ano, além do Estado, o governador e o secretário estadual de saúde, serão multados pelo descumprimento da referida decisão judicial.
A diretoria geral do HRG relatou na petição do MPE, que pela falta de médico especialista no plantão, uma gestante em trabalho de parto foi recentemente encaminhada para o Hospital da Unimed de Gurupi. Porém, a paciente não foi recebida pelo plantonista e terminou dando à luz no interior da ambulância, na porta de entrada do hospital. O bebê nasceu sem chorar e apresentou sequelas.
Além do relato, uma cópia da escala de plantões médicos do mês de julho do Hospital Regional de Gurupi comprova a falta de médicos plantonistas das áreas de ginecologia e obstetrícia durante o período de 10 dias, diz o órgão. O MPE apresentou a Justiça, informações oficiais sobre a contratação de outros médicos para o HRG, com exceção da especialidade contemplada pela decisão judicial.
Também foi apresentado uma relação contendo o nome de nove médicos ginecologistas e obstetras que manifestaram interesse em trabalhar no Hospital Regional de Gurupi, mostrando assim que não é válida a justificativa usada pelo Estado de que não há profissionais disponíveis para trabalhar na unidade hospitalar.
Petição
Na Ação Civil Pública ajuizada ainda no ano de 2016, o Ministério Público pede que haja médicos plantonistas na especialidade de ginecologia e obstetrícia durante as 24 horas do dia, sete dias por semana, no Hospital Regional de Gurupi. (Com informações da Assessoria de Imprensa)