O novo terminal intermodal da Valor da Logística Integrada (VLI) e da Companhia Operadora Portuária do Itaqui (Copi) em Palmeirante foi abordado durante a agenda do Projeto de Integração Geopolítica Interestadual desta quinta-feira, 22, que reuniu os governadores Mauro Carlesse (PSL), do Tocantins; e Flávio Dino (PSB), do Maranhão. As obras estão previstas para serem iniciadas já em agosto e o investimento será de R$ 200 milhões.
Capacidade para movimentar 1,5 milhão de toneladas por ano
As operações no novo terminal devem iniciar no segundo semestre de 2022. A capacidade inicial de movimentação será de 1,5 milhão de toneladas ao ano. A nova estrutura permitirá o transporte de fertilizantes importados e grãos pelo Terminal Portuário COPI no Porto do Itaqui, no Maranhão, pelo modal ferroviário, conectando-o – via Estrada de Ferro Carajás e Ferrovia Norte-Sul – até o novo terminal que será construído e operado em Palmeirante.
Emprego e renda
Durante as obras, também estão previstos a geração de até 450 empregos. Já no terminal, a previsão é que sejam criados 250 postos de trabalho, diretos e indiretos. Conforme o governo estadual, o projeto tem potencial para gerar aumento na arrecadação, fomentar o setor de serviços local, ao mesmo tempo em que favorece o ingresso de novas indústrias misturadoras de fertilizantes no Arco Norte, aproveitando o contrafluxo logístico e a capacidade de transporte deste novo corredor.
Gerar competitividade
Secretário da Agricultura, Pecuária e Aquicultura do Tocantins, Jaime Café defende que o empreendimento vai interiorizar a logística de fertilizantes. “Vamos ter o ingresso de diversas empresas que vão fornecer um insumo importantíssimo. A partir do nosso porto de Palmeirante a gente vai poder importar esse adubo para toda essa região do Maranhão, Piauí, do nordeste do Mato Grosso, Sul do Pará e, especialmente, para o Tocantins. Isso vai gerar mais competitividade, vai ter um produto mais em conta e, sobretudo, teremos um produto à disposição, a tempo e a hora, para que o produtor possa utilizar em suas lavouras”, destacou. O gestor ressaltou, ainda, o custo menor com o frete. “Os vagões que descerão com a soja, vão subir com adubo, viabilizando um custo-benefício muito melhor para empresa na questão do frete. Com certeza vai diminuir muito o valor do frete, dando uma condição de preço melhor para o produtor aqui na lavoura”, complementou.
Geração de emprego e renda
Mauro Carlesse destacou a importância do empreendimento para ambos os estados. “Vai baratear custos e nos tornar mais competitivos, além de gerar emprego e renda para a nossa população, que é o nosso maior objetivo enquanto gestores. Além disso, a melhoria da logística se faz necessária para atrair novas empresas e desenvolver a agroindústria no Estado”, acentuou. “Estamos na direção correta. Temos que, nesse momento de dificuldades, termos ainda mais determinação. Esse grande investimento vai verticalizar cadeias produtivas e gerar muitas oportunidades de emprego”, complementou Flávio Dino.
Armazém com capacidade estática de 60 mil tonelsadas
O diretor comercial da VLI, Sebastião Furquim, destacou que ambas as empresas estão fazendo investimentos robustos. O gerente de Desenvolvimento de Negócios, Alexandre Biller, complementou. “O projeto em questão é a semente para o desenvolvimento de um polo industrial voltado para a mistura de fertilizantes no Tocantins”, complementou. O novo terminal contará com linha ferroviária para até 80 vagões e moega para descarga de dois vagões. Nele, os fertilizantes serão descarregados e transportados em esteiras mecanizadas para um novo armazém com capacidade estática de 60 mil toneladas.
Catalisador da demanda por fertilizantes
A partir do terminal, o produto poderá ser expedido a granel ou em caminhões, com custos competitivos, utilizando-se do frete de retorno dos veículos que levam grãos ao terminal da VLI no mesmo local. Os insumos atenderão aos produtores situados numa área que abrange Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Bahia, Piauí, Tocantins, Maranhão e Distrito Federal. “O novo corredor logístico criado será um catalisador do crescimento da demanda de fertilizantes da região centro-norte do país nos próximos anos, considerando seus diferenciais competitivos de localização geográfica privilegiada, conexão ferroviária e produtividade”, destacou o diretor presidente da COPI, Guilherme Eloy.