Após casos recentes de febre maculosa em Campinas (SP), a Prefeitura de Palmas informou nesta quarta-feira, 21, que tem intensificado medidas de vigilância e prevenção. Até o momento nenhuma pessoa contraiu ou foi notificada com suspeita da doença no município. As Secretarias Municipal da Saúde (Semus), de Infraestrutura e Serviços Públicos (Seisp) e a Fundação Municipal de Meio Ambiente (FMA) têm trabalhado em conjunto para garantir a segurança da população.
ENTENDA
A febre maculosa é uma doença infecciosa transmitida pela picada de carrapatos infectados. É causada pela bactéria Rickettsia rickettsii e apresenta sintomas como febre alta, dores de cabeça intensas, erupção cutânea e complicações em órgãos internos. É importante buscar atendimento médico ao apresentar sintomas suspeitos após exposição a carrapatos. Os carrapatos que atuam como vetores da febre maculosa são conhecidos como carrapatos-estrela (Amblyomma spp.), e eles podem ser encontrados em áreas rurais e de mata.
NÃO HÁ MOTIVOS PARA PÂNICO
No Parque Cesamar, um dos pontos turísticos da Capital, há circulação de carrapatos, como em todo ambiente de mata fechada. Paralelo a isso, existe grande circulação de animais silvestres, como a capivara, que anda livremente pelo parque, sendo atrativo para os frequentadores, pois trata-se de um animal dócil e que possui boa relação com humanos. A Prefeitura de Palmas destaca que não há motivos para pânico, pois elas não são portadoras da bactéria responsável pela febre maculosa, no entanto, podem ser hospedeiras do carrapato transmissor, desde que ele esteja contaminado.
PLANO DE PREVENÇÃO E MANEJO DAS CAPIVARAS
A Semus, em conjunto com a FMA, possui um plano de prevenção e controle para estudo de manejo das capivaras e também para pesquisa acarológica no Parque Cesamar. Além disso, a Unidade de Vigilância e Controle de Zoonoses (UVCZ), órgão da Semus, realiza monitoramento contínuo para avaliar a presença e a extensão da infestação de carrapatos no parque. Devido à ocorrência da febre maculosa em outras regiões do país, este monitoramento passará a ser realizado mensalmente.
SEM TESTE POSITIVO PARA A DOENÇA
Também como ação de vigilância epidemiológica, é feita a coleta e envio de amostras biológicas para diagnóstico laboratorial da raiva e febre maculosa em capivaras que vierem à óbito, sem causa esclarecida, conforme Nota Técnica da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau). A Semus esclarece ainda que, até o momento, nenhum dos carrapatos analisados testou positivo para as doenças.
CONTROLE DE ARACNÍDEOS
O controle dos aracnídeos também é realizado pela Seisp, por meio de limpeza diária do espaço, especialmente nas áreas de maior circulação, como o gramado, a pista de caminhada e as áreas próximas para evitar o acúmulo de folhas secas, que são propícias para a proliferação do animal. Outra medida já realizada é a manutenção da altura nas áreas de gramado e aceiro da vegetação em torno da pista de caminhada, além de ações educativas e coleta de amostras de carrapatos no ambiente para identificação taxonômica das espécies encontradas. Entretanto, por haver a presença desse parasita na área, a equipe de Vigilância Epidemiológica aconselha o uso de roupas claras e repelentes específicos contra carrapatos. Ao chegar em casa, vistoriar o corpo de todos que visitaram o local, especialmente crianças.