A Polícia Federal (PF) anunciou na manhã desta terça-feira, 18, a realização da Operação Escroque, que teve como objetivo desarticular parte de uma organização criminosa que realizava saques de parcelas do seguro-desemprego de forma fraudulenta em vários estados da federação. Cerca de 70 agentes cumprem três mandados de prisão preventiva, dois de prisão temporária e quinze de busca e apreensão no Tocantins e no Pará, todos expedidos pela 4ª Vara Federal de Palmas.
Modus operandi
A organização criminosa realizava as fraudes através da obtenção de senhas de acesso de servidores do Sistema Nacional de Emprego (SINE), confeccionando requerimentos de seguro-desemprego de forma remota utilizando programas de computadores, como também obtinha, através de furtos e outros meios ilegais, computadores do SINE que são autorizados a confeccionar requerimentos de Seguro-Desemprego junto ao Ministério da Economia.
Vários saques do PIS em nome de uma só pessoa
Os requerimentos eram feitos em nome de pessoas cooptadas, que forneciam seus dados pessoais aos criminosos em troca de participação nos lucros. Os trabalhadores eram então cadastrados dezenas de vezes, utilizando números diferentes de PIS, possibilitando vários saques do seguro em nome de uma só pessoa.
Prejuízo de R$ 1 milhões só em Palmas
Apenas no SINE de Palmas, foram identificados quase 1.500 requerimentos fraudulentos, e o prejuízo aos cofres públicos já soma mais de R$ 1 milhão. Os presos serão encaminhados à Casa de Prisão Provisória de Palmas e poderão responder pelos crimes de associação criminosa, estelionato majorado, corrupção ativa e passiva e furto qualificado, cujas penas podem chegar a trinta anos de reclusão. O nome da operação faz referência àqueles que se apoderam de bens alheios, por meios ardilosos e fraudulentos.
Escroque
O nome da operação faz referência àqueles que se apoderam de bens alheios, por meios ardilosos e fraudulentos. (Com informações da Ascom/PF)