A Prefeitura de Araguaína afirmou em nota que as medidas tomadas para enfrentamento do novo coronavírus, a Covid-19, “são de acordo com as recomendações da Sociedade Brasileira de Infectologia, filiada à Associação Médica Brasileira”. Para dar essa garantia, o município se baseia num documento do dia 12 de março, que traz diretrizes a serem tomadas em cada fase epidemiológica da doença. O material foi distribuído à imprensa após várias críticas a flexibilização da quarenta promovida pelo prefeito Ronaldo Dimas (Podemos) na quinta-feira, 26, permitindo a retomada de parte das atividades comerciais na cidade. “Já fomos bem mais além das recomendações para cidades que estão na primeira fase da doença. E se houver alastramento de casos na cidade, novas medidas de contenção serão tomadas rapidamente”, assegurou Dimas. O afrouxamento do combate ao novo coronavírus ocorreu um dia antes de a cidade ter confirmado o primeiro caso da doença, na sexta-feira, 27.
Casos importados
Conforme a prefeitura defende, com base no documento, a primeira fase epidemiológica da Covid-19 é de “casos importados”, em que há poucas pessoas acometidas e todas regressaram de países onde há epidemia. O município continua afirmando que as medidas preventivas mais eficazes para reduzir a capacidade de contágio nessa fase do novo coronavírus são: “etiqueta respiratória”; higienização, com água e sabão ou álcool gel a 70%, frequente das mãos; identificação e isolamento respiratório dos acometidos pela Covid-19 e uso dos EPIs (equipamentos de proteção individual) pelos profissionais de saúde.
Transmissão local
Além da primeira fase da doença, sempre com base no documento, a prefeitura afirmou que há ainda mais duas etapas: a segunda é de transmissão local, quando pessoas que não viajaram para o exterior ficam doentes, ou seja, há transmissão autóctone, mas ainda é possível identificar o paciente que transmitiu o vírus, geralmente parentes ou pessoas de convívio social próximo. Como o caso da paciente araguainense, que viajou para Natal (RN) e Brasília.
Transmissão comunitária
Na terceira fase epidemiológica, a prefeitura disse que é a de transmissão comunitária, quando o número de casos aumenta exponencialmente e se perde a capacidade de identificar a fonte ou pessoa transmissora.
Fases distintas
O município destacou que as diretrizes da Sociedade Brasileira de Infectologia aponta que a epidemia é dinâmica e o Brasil é um país “continental”. Segundo as normas, diferentes cidades e Estados podem apresentar fases distintas da epidemia.
Medidas adotadas
A prefeitura insiste que, desde o início da pandemia, Dimas “vem publicando decretos seguindo às orientações das autoridades em saúde”. Segundo o município, com o controle epidemiológico, foi possível o funcionamento de parte do comércio com restrições. A nota ressaltou que o caso confirmado de coronavírus na cidade “segue em isolamento domiciliar e acompanhado pelas equipes de saúde do município”.
Primeira a adquirir testes
O Paço lembrou que Araguaína foi a primeira cidade do Tocantins a adquirir os testes rápidos para Covid-19 e está em ação para implantação de 20 leitos de unidades de tratamento intensivo (UTI) para atendimento exclusivo à doença.