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Promotor Benedicto Guedes defende ação contra concurso da Educação de Palmas: “MPE não vai aceitar goela abaixo que seja feito de qualquer forma”

Benedicto de Oliveira Guedes Neto, promotor de Justiça (Foto: Marcelo de Deus/MPE)

A ação do Ministério Público (MPE) contra o concurso da rede de ensino de Palmas foi pauta da audiência pública promovida nesta segunda-feira, 17, sobre a garantia do atendimento educacional especializado no Tocantins. O promotor Benedicto de Oliveira Guedes Neto abordou o tema ao ser questionado por uma mãe especial, Joana Margarida Borges. “Brecado em dezembro e até hoje nada foi feito. Onde está a Justiça que não está olhando para a gente?”, questionou.

MPE DEFENDE CONCURSO, MAS TEVE QUE IR À JUSTIÇA DIANTE DAS DENÚNCIAS

Um dos responsáveis pela ação, Benedicto de Oliveira Guedes Neto  saiu em defesa da iniciativa. O promotor destaca que o certame foi realizado somente após pressão do próprio órgão, mas acrescenta que teve que questioná-lo diante do que foi apresentado. “Entendíamos que o concurso era de suma importância em razão do quadro caótico que se apresentava. Todavia, após a realização, choveram denúncias de fraudes em algumas das provas. Houve? Não sei, mas precisa ser apurado. Não vou entrar em detalhes, […] mas entendemos que havia sérios indícios neste sentido”, reforçou.

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RESOLUÇÃO ADMINISTRATIVA NÃO ANDOU

O promotor também revelou que buscou solucionar administrativamente a questão e esteve reunido com o município e com a Comissão Permanente de Seleção (Copese) da Universidade Federal do Tocantins (UFT), que promoveu o certame. Uma das propostas apresentadas foi a aplicação de nova prova para os cargos questionados, mas sem nova cobrança por parte da Copese. O órgão também emitiu recomendação, que foi ignorada. “Como o MPE tem o dever de zelar pela lisura dos concursos públicos, ajuizamos a ação”, pontua.

MPE NÃO VAI ACEITAR GOELA ABAIXO CONCURSO FEITO DE QUALQUER FORMA

No final da fala sobre o tema, Benedicto de Oliveira Guedes Neto foi mais incisivo na defesa da lisura do concurso. “A Justiça pode até decidir o contrário, mas o MPE não vai aceitar goela abaixo que o concurso seja feito de qualquer forma”, afirmou.

ENTENDA

O Ministério Público (MPE) questionou as provas do concurso para professor do Ensino Fundamental I, supervisor pedagógico, orientador educacional e técnico administrativo educacional. A ação aponta que das provas objetivas de conhecimentos específicos para estes quatro cargos, compostas de 15 questões, a ampla maioria tinham como resposta a alternativa “todas as afirmativas estão corretas”. O órgão teve liminar rejeitada em 1ª instância, mas o Tribunal de Justiça (TJTO) reformou a decisão e impediu a nomeação dos classificados. Como alternativa, a Prefeitura de Palmas decidiu contratar estes candidatos até que o trâmite judicial seja concluído.

Confira a manifestação do promotor sobre o tema:

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