O Tocantins foi um dos quatro Estados que pediram ajuda do governo federal para combater incêndios florestais. Os outros Estados são Roraima, Rondônia e Pará. Segundo o Ministério da Defesa, cerca 44 mil militares das Forças Armadas estão continuamente na Região Amazônica e poderão ser empregados nas operações.
Falta de meios próprios
Em seu ofício enviado ao presidente Jair Bolsonaro nessa sexta-feira, 23, o governador Mauro Carlesse (DEM) alega “falta de meios próprios suficientes para cumprir a missão constitucional de conservação e preservação da Floresta Amazônica e do Cerrado”. Assim, ele pede ao presidente que autorize o emprego das Forças Armadas “para fim específico de levantamento e combate de focos de incêndio e ações preventivas e repressivas contra delitos ambientais”.
Ausência de focos
O comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Reginaldo Leandro da Silva, contou que foi feito na manhã deste sábado, 24, um sobrevôo de monitoramento e verificou-se a ausência de focos em cima da serra — segundo ele, desde Taquaruçu, Aparecida do Rio Negro até Tocantínia e Lajeado há um grande deslocamento ar trazendo uma intensa fumaça, mas ausência de focos.
Focos no paredão
No entanto, no paredão da serra, às margens da rodovia, foi registrado um foco próximo a Lajeado e outro em frente a Palmas. “Ambos estão sendo combatidos por equipes do CBMTO, Naturatins e Prevfogo/Ibama”, afirmou o comandante.
Sem bitucas
O comitê de combate aos incêndios orienta e pede encarecidamente às pessoas que transitam em nossas rodovias que não lancem bitucas de cigarro nas margens das rodovias e que os chacareiros não façam de forma alguma uso de fogo em entulhos, folhas secas ou qualquer outro material. Isso porque o vento forte faz com que fagulhas sejam lançadas até a 50 metros de distância.
Quarto no ranking
Neste momento, o Tocantins é quarto no ranking de queimadas com 5,9 mil focos contra 3.829 em 2018, ou 2.071 registros mais. Ou seja, o número de focos cresceu 54,1% em 2019.
Aguarda Acre e Mato Grosso
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, adiantou durante entrevista à imprensa que aguardava os pedidos de ajuda do Acre e de Mato Grosso. Ele participou de uma reunião na manhã deste sábado com o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva.
Adesão é importante
Segundo o ministro da Defesa, a adesão dos governos locais é importante para que o trabalho de combate a crimes ambientais e a incêndios não se limitem às áreas federais.
Ibama e ICMBio
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, disse que os estados terão apoio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgãos que pertencem à pasta, para o combate aos incêndios.
Lei e Ordem
O presidente Jair Bolsonaro assinou nessa sexta-feira, 23, o decreto que autoriza o emprego das Forças Armadas para ajudar no combate aos incêndios na Floresta Amazônica. O decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) vale para áreas de fronteira, terras indígenas, unidades federais de conservação ambiental e outras áreas da Amazônia Legal. (Com informações da Agência Brasil)