As duras palavras do presidente do Instituto Pio XI, Henrique Prata, contra o sistema de saúde estadual para defender a instalação acelerador linear no Hospital do Amor (HA) e não no Hospital Geral de Palmas (HGP) não ressonou bem para o médico tocantinense Estevam Rivello Alves, membro do Conselho Federal de Medicina (CFM), mesmo entendendo que pauta do filantropo seja uma “boa causa”.
Grave erro
Estevam Rivello Alves afirma que Henrique Prata ofendeu toda uma categoria para defender os interesses do HA. “Comete um grave erro, quando humilha o serviço dos médicos tocantinenses, qualificando o nosso trabalho como sendo de ‘quinta categoria, de péssima qualidade’ em comparação aos serviços que ele conhece, cuida e preside”, avalia.
Desqualifica futuros funcionários
Para o conselheiro federal, Henrique Prata dispara contra possíveis colaboradores. “É uma fala inoportuna, que classifica como desqualificados aqueles que podem ser potenciais funcionários do próprio HA e, me faz pensar, que só após a implantação do HA, passaremos a ter um serviço de qualidade, quando estes que ele desqualifica, neste momento, integraria o serviço que ele pretende abrir”, contesta.
Desagrega
Na avaliação de Estevam Rivello Alves, o filantropo só dificulta a resolução do impasse. “Henrique Prata erra e desagrega, no momento que mais precisamos de união. Lamentável! A meu ver, não poderia um presidente de uma entidade tão bem respeitada e qualificada ter uma atitude tão baixa e equivocada, não colaborando desta forma para resolução do problema por ele apontado!”, encerra.
Confira a íntegra da nota:
“Assisti atentamente os dois vídeos do Sr Henrique Prata, Presidente do Instituto Pio XII.
Inicialmente a fala mostra ser oportuna e em prol de uma boa causa. Evidencia uma situação que precisa ser bem definida, bem explicada detalhadamente por parte do Estado e também um envolvimento de todos (deputados federais, senadores e governo do Estado) na solução deste problema! Acredito que todos querem o melhor para o Hospital do Amor (HA). Estamos juntos nesta causa e será excelente para nossa população, a abertura do HA, com o máximo de estrutura possível! Teremos um ganho gigantesco!
No entanto, ele comete um grave erro, quando humilha o serviço dos médicos tocantinenses, qualificando o nosso trabalho como sendo de “quinta categoria, de péssima qualidade” em comparação aos serviços que ele conhece, cuida e preside.
É uma fala inoportuna, que classifica como desqualificados aqueles que podem ser potenciais funcionários do próprio HA e, me faz pensar, que só após a implantação do HA, passaremos a ter um serviço de qualidade, quando estes que ele desqualifica, neste momento, integraria o serviço que ele pretende abrir. Será mesmo que não temos profissionais qualificados em nosso Estado?
Nossos colegas oncologistas, radioterapeutas, cirurgiões oncológicos possuem boa formação, sendo alguns formados inclusive em Barretos, no hospital que ele chefia!
Nestes termos, o Sr Henrique Prata erra e desagrega, no momento que mais precisamos de união. Lamentável!
A meu ver, não poderia um presidente de uma entidade tão bem respeitada e qualificada ter uma atitude tão baixa e equivocada, não colaborando desta forma para resolução do problema por ele apontado!
Atenciosamente,
Estevam Rivello Alves
CFM-TO”