Esse assunto é amplo e o dividi em três etapas, para falarmos nas próximas três semanas.
Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral – TSE de 2016 a 2020 teve um grande aumento do número de pessoas com deficiência no Brasil que declararam ter algum tipo de deficiência, saímos de 598.314 em 2016 para 1.158.234 em 2018 e agora 1.281.427 e no Tocantins quase 10 mil pessoas com deficiência em 2018 aptas a votarem (creio que esse número é bem maior agora porque estamos em 2020).
A pessoa com deficiência é um cidadão que tem plenos direitos políticos, como qualquer outro eleitor, e tem que votar. Se discute muito para que o voto dessas pessoas seja facultativo, mas diferenciar esse voto é atentar contra o princípio da igualdade.
O título de eleitor e a quitação eleitoral são importantes para a conquista de muitos direitos que a lei exige. Um desses direitos é pedir em todas as eleições, cinco meses antes da votação, uma seção eleitoral totalmente acessível. Pode também pedir sua transferência para uma seção eleitoral acessível.
O TSE que é muito preocupado com nossa causa. A cada ano que passa diminui ainda mais a dificuldade que tínhamos para votar. A pessoa com deficiência visual, por exemplo, além de ter as teclas das urnas eletrônica em Braille, tem agora fone de ouvido para que o eleitor cego possa ouvir o número do candidato e tenha ainda mais certeza em quem está votando.
AGNALDO QUINTINO
É administrador, empreendedor educacional, palestrante, gago, surdo e feliz
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