O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Tocantins (Sintet) não recebeu bem a antecipação das férias escolares determinada pelo governador Mauro Carlesse (DEM). A medida do governo estadual foi adotada como forma de minimizar os impactos da pandemia de coronavírus, o Covid-19. Por outro lado, a entidade considera a decisão “despropositada e desarrazoada” para o momento de incerteza em relação à duração da crise e ao isolamento social.
Situação adversa para férias
A entidade sindical aponta não haver condições para o gozo de férias em uma “situação totalmente adversa”, devido a ordem de recolhimento social e quarentena. Até a antecipação do um terço de férias – também anunciado pelo governo – é alvo de críticas. “Poderá comprometer as verbas tão necessárias nesse momento crucial de contenção da pandemia”, justifica.
Flexibilização do calendário e sinalização do CNE
O Sintet defende o adiamento do debate sobre a antecipação das férias, isto porque o próprio Conselho Nacional de Educação (CNE) teria sinalizado que o calendário poderá terminar “sem problema algum” em 2021. Paralelo a isto, o sindicato lembra que já tramita no Congresso Nacional um projeto que flexibiliza os 200 dias letivos previstos. “Então não há nenhuma necessidade nesse momento de antecipar férias, muito pelo contrário, o governo deveria se preocupar com a saúde mental dos trabalhadores confinados em casa, fechar totalmente as unidades, assegurar a continuidade dos contratos temporários”, defende.
Diálogo e bom senso
Por fim, o sindicato se põe aberto ao diálogo e pede “bom senso” ao governador. “Antecipar férias não é a solução nesse momento, ainda mais sem debate com categoria e com a comunidade escolar. O Sintet estuda as medidas possíveis e cabíveis contra essa decisão totalmente inoportuna”, encerra em nota.