A Federação das Indústrias do Tocantins (Fieto) apresentou nesta terça-feira, 27, os resultados da sondagem do setor apurados no 2º trimestre deste ano. O estudo traz o cenário atual com índices que variam de 0 a 100, sendo que um número maior que 50 é considerado positivo. Conforme a própria entidade, a “Satisfação com a Margem de Lucro Operacional” e “Situação Financeira” foram os destaques, alcançando 54 e 56 pontos, respectivamente.
Crescimento da produção e da mão de obra empregada
O estudo também mostra que o indicador de “Evolução da Produção” ficou em 56 pontos, 10 acima do resultado alcançado no 1º trimestre. Já o índice “Evolução do Número de Empregados” passou de 52 pontos para 56, de março para junho deste ano. Os dois indicadores ultrapassaram a linha divisória dos 50 pontos, confirmando o crescimento da produção e mão de obra empregada no segmento no período. A Utilização da Capacidade Instalada (UCI) ficou em 69% em junho, ou seja, a capacidade máxima de produção da indústria tocantinense operou com 69%.
Gargalos
Dentre os principais gargalos ao desenvolvimento do setor industrial tocantinense a falta e o alto custo da matéria-prima aparecem em primeiro lugar, com 53,62% das respostas, seguido da falta e alto custo da energia elétrica, que passou do 4º para o 2º lugar, representando 31,88% dos entrevistados. Em terceiro ficou a elevada carga tributária com 27,54% das respostas do entrevistados.
Reação à crise
Presidente da Fieto, Roberto Pires analisou os resultados apresentados na sondagem. “Os números da pesquisa mostram que a indústria no Tocantins já está reagindo à crise causada pela pandemia, retomando o crescimento da produção e gerando mais empregos. O problema ainda é com a matéria-prima, que ficou escassa e mais valorizada no mercado. A estiagem também fez o valor da energia elétrica subir e impactou nos custos de produção da indústria. São desafios que teremos que superar com cautela para mantermos a produção em alta”, observa.
Confiança da Indústria
O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) referente a julho atingiu 64,6 pontos, ficando praticamente estável em comparação a junho ao apresentar uma pequena variação de 0,4 ponto. Já em relação ao mesmo período do ano anterior, o índice teve aumento de 8,8 pontos. Resultado acima dos 50 pontos indica que os empresários seguem confiantes para os próximos seis meses.