Os familiares e amigos do prefeito assassinado de Miracema do Tocantins, Moisés Costa da Silva, o Moisés da Sercon, realizaram na manhã desta sexta-feira, 1º, um ato para cobrar do governo estadual a elucidação do crime. O protesto foi realizado em frente ao Palácio Araguaia e o grupo foi surpreendido ao ser recebido pelo titular da Secretaria de Segurança Pública (SSP), Cristiano Barbosa Sampaio.
Segundo o irmão de Moisés, Fidel Costa, o encontro com o secretário “não estava na programação”. No encontro, Cristiano Barbosa Sampaio revelou aos amigos e familiares que designou mais um delegado para ajudar o titular das investigações, Guido Camilo. O novo membro sairá de Araguaína e será lotado na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) em Palmas.
Quanto o andamento dos trabalhos, nada foi pelo secretário. “Não deu nenhum detalhe sobre como está as investigações porque tem que estar em sigilo”, revelou Fidel Costa. “Mas ele disse que a Polícia Civil está trabalhando dia e noite”, reforçou. Segundo ele, Cristiano Barbosa também relatou medidas para melhorar o trabalho da SSP. “Não é faltar funcionários, mas gestão. Ele disse que está trabalhando para que tudo aconteça”, contou.
Cristiano Barbosa ainda elogiou a iniciativa dos amigos e familiares de Moisés da Sercon de divulgarem o disque-denúncia anônimo da Polícia Civil. Qualquer informações que possam ajudar na investigação podem ser compartilhadas pelo número (063) 99996-4800.
Reivindicações
Fidel Costa reforçou ainda que a manifestação não se tratou apenas de cobrar a elucidação do assassinato de Moisés, mas também foi uma cobrança por investimentos na segurança pública. “Cobramos também ao governador [Mauro Carlesse, PHS] para melhorar a segurança pública, fizemos reivindicações aos deputados estaduais e à bancada federal para que direcione recursos”, afirmou.
“A segurança pública está carente de equipamentos, estrutura, carros, serviço de tecnologia. Que [o protesto] sirva não só para o caso do Moisés, mas também para outras famílias que sente a mesma dor. O crime não mata só a pessoa que perdeu a vida, mas destrói também uma família inteira que fica condenada a sofrer a dor de perder um ente querido desta maneira inaceitável”, concluiu.
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