A Operação Máximus da Polícia Federal desta sexta-feira, 23, atingiu em cheio o Poder Judiciário do Tocantins. Conforme levantado pela Coluna do CT, o ministro João Otávio de Noronha, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), determinou o afastamento por um ano do desembargador Helvécio de Brito Maia Neto. Outros desembargadores podem ter sido atingidos, mas ainda não há confirmação. Porém, estão sendo investigados a presidente do Tribunal de Justiça, Etelvina Maria Sampaio Felipe; João Rigo Guimarães e Angela Issa Haonat. Bem como a vice-presidente do TJ, Angela Maria Ribeiro Prudente, e o desembargador aposentado José de Moura Filho. Foram presos o filho de Helvécio, Thales André Pereira Maia, e o advogado Thiago Sulino de Castro.
JUÍZES INVESTIGADOS
Operação Máximus apura suposta venda de sentenças no Tribunal de Justiça do Tocantins e lavagem das propinas. Também são investigados os juízes José Maria Lima, Marcelo Eliseu Rostirolla, Océlio Nobre da Silva e Roniclay Alves de Moraes.
ENTENDA
A Operação Máximus apura suposta negociação para compra e venda de decisões e atos jurisdicionais, bem como condutas que visam lavar o dinheiro oriundo da prática criminosa investigada. Entre os crimes investigados estão: corrupção ativa, exploração de prestígio, lavagem de dinheiro e organização criminosa no Judiciário do Tocantins.
NÚCLEO DO GOVERNO DO TO
A PF não divulgou detalhe da operação. O que se diz é que se trataria de processos de regularização fundiária, área em que o TJ intensificou suas ações, pelo menos, nos últimos dois anos. Entre os investigados do governo do Tocantins estão os presidentes do Naturatins, Renato Jayme da Silva, e do Instituto de Terras do Tocantins (Itertins), Robson Moura Figueiredo Lima. Também aparecem o procurador-geral do Estado, Kledson de Moura Lima, e os procuradores Rodrigo de Meneses dos Santos e José Humberto Pereira Muniz Filho; o ex-chefe de gabinete do governador Marcos Martins Camilo — exonerado a pedido nessa quinta-feira, 22 –, e o próprio governador Wanderlei Barbosa.
OPERAÇÃO MAET
A Máximus é a segunda grande operação que teve como alvo o TJ. A outra foi Maet, deflagrada em 16 de dezembro de 2010, e que denunciou 16 suspeitos (entre desembargadores, procuradores-gerais, servidores do Poder Judiciário e advogados). Os acusados, segundo a investigação, estariam envolvidos em esquemas de venda de sentenças e de fraudes em cobranças de precatórios. Três desembargadores foram alvo. O relator do STJ é o mesmo nas duas operações, ministro João Otávio de Noronha.
Veja a lista dos investigados pela PF:
- Adwardys de Barros Vinhal
- Alexandre Guimarães Bezerra
- Almiro de Faria Junior
- Angela Issa Haonat
- Angela Maria Ribeiro Prudente
- Antenor Aguiar Almeida
- Bruno Aquino Monteiro
- Daniel Almeida Vaz
- Eder Ferreira da Silva
- Eduardo de Oliveira Bucar
- Eleusa Maria Gutemberg
- Eliane Melhen Marques
- Etelvina Maria Sampaio Felipe
- Fabio Bezerra de Melo Pereira
- Gerson Silvano de Paiva Filho
- Gustavo Furtado Silbernagel
- Hanoara Martins de Souza Vaz
- Haynner Asevedo da Silva
- João Rigo Guimarães
- Jocione da Silva Moura
- José Alexandre Silva
- José Eduardo Sampaio
- José Hermicesar Brilhante Palmeira
- José Humberto Pereira Muniz Filho
- José de Moura Filho
- Jose Maria Lima
- Juliana Bezerra de Melo Pereira Santana
- Kledson de Moura Lima
- Leandro Freire de Souza
- Lucas Antonio Martins de Freitas Lopes
- Luciano Machado Paço
- Marcelo Eliseu Rostirolla
- Marcos Martins Camilo
- Marília Rafaela Fregonesi Rodrigues
- Nelson Carlos Villela Marques
- Nelson Castro Alves Trad
- Ocelio Nobre da Silva
- Onix Farma Produtos Hospitalares LTDA
- Paulane Brilhante de Macedo Maia
- Paulo Alexandre Cornélio de Oliveira Brom
- Paulo de Tarso Daher Filho
- Rafael Pereira Parente
- Rafael Sulino de Castro
- Raimundo Nonato Sousa Cavalcante Júnior
- Renato Jayme da Silva
- Robson Moura Figueiredo Lima
- Rodrigo de Meneses dos Santos
- Roniclay Alves de Morais
- Silvio Castro da Silveira
- Thales André Pereira Maia
- TAPM Publicidade LTDA
- Thiago Sulino de Castro
- Wanderlei Barbosa Castro