Após ficar dois dias preso na Casa de Prisão Provisória de Palmas (CPPP), já está em liberdade o presidente da Câmara de Vereadores de Palmas, José do Lago Folha Filho (PSD). De acordo com o advogado Paulo Roberto, o parlamentar está muito “abatido” e “triste”. “Ele foi ouvido na sede delegacia. Disse a ele que agora é levantar a cabeça e seguir em frente. A situação foi muito humilhante”, contou.
Paulo Roberto ainda destacou que “o delegado se deu por satisfeito e solicitou o alvará de soltura. Acho que houve um equívoco, mas a polícia faz seu trabalho e a gente respeita”, enfatizou.
Ele comentou sobre o fato do vereador ter sido conduzido vestido com o uniforme do sistema prisional. ” É comum, mas desnecessário” e ainda salientou, “não acredito no indiciamento dele, até por que um cidadão que faz uma gestão na Câmara de Palmas que devolve mais de R$ 1 milhão para os cofres públicos, que economiza recursos, tem suas contas aprovadas, não se sujaria com R$ 10 mil”, concluiu.
Segundo o advogado, Folha colocou à disposição da polícia o seu sigilo bancário, fiscal e tributário. “Ele está à disposição da polícia, pois tem interesse de elucidar os fatos”, ressaltou.
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Entenda o caso
A Delegacia Especializada na Repressão a Crimes de Maior Potencial contra a Administração Pública (Dracma) deflagrou na manhã de sexta-feira, 3, a segunda fase da Operação Jogo Limpo. Ao todo, a Polícia Civil (PC) cumpriu 26 mandados de prisão temporária. Entre os alvos estavam o presidente da Câmara de Palmas, Folha Filho (PSD) e os vereadores Rogério Freitas (MDB) e Major Negreiros (PSB), além do ex-parlamentar da Capital Waldson da Agesp.
As prisões e buscas foram realizadas em Palmas, Goiânia, Fortaleza do Tabocão e Aparecida do Rio Negro. Segundo a Polícia Civil, empresas fantasmas emitiam notas fiscais frias para justificar despesas e serviços não realizados na prestação de contas dos convênios, sendo que os valores recebidos eram desviados para servidores públicos, presidentes de entidades, empresários e agentes políticos.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Tocantins (SSP), a segunda fase da Operação Jogo Limpo contou com o apoio de 40 delegados e mais de 110 policiais civis oriundos de nove delegacias regionais. (Com informações da assessoria de imprensa)