A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira, 18, uma nova fase da Operação Sisamnes com o objetivo de investigar crimes de obstrução de justiça, violação do sigilo funcional e corrupção ativa e passiva.
REDE CLANDESTINA DE REPASSE DE INFORMAÇÕES SIGILOSAS
As investigações identificaram uma rede clandestina de monitoramento, comércio e repasse de informações sigilosas sobre o andamento de investigações sensíveis supervisionadas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), frustrando, assim, a efetividade das deflagrações das operações policiais.
DETERMINAÇÃO DO SUPREMO
Por determinação do Supremo Tribunal Federal, policiais federais cumprem um mandado de prisão preventiva e quatro mandados de busca e apreensão, no Tocantins, além das medidas de afastamento das funções públicas, proibição de contato e saída do país, e recolhimento de passaportes.
MANDADOS CUMPRIDOS NA SEDE DO MPE
Os mandados estão sendo cumpridos na sede do Ministério Público do Tocantins, em Palmas, e em outros endereços, conforme informação do G1. O veículo ainda destaca que um dos alvos é advogado que atua como assessor jurídico do Ministério Público do Tocantins (MPTO), lotado no gabinete de um procurador de justiça.
OPERAÇÃO SISAMNES
Originalmente, a Operação Sisamnes foi deflagrada em novembro do ano passado e atingiu Mato Grosso, Pernambuco e Distrito Federal. O objeto é semelhante. As investigações iniciais apontaram para um suposto esquema de venda de decisões judiciais, envolvendo advogados, lobistas, empresários, assessores, chefes de gabinete e magistrados. O nome da ação faz referência a um episódio da mitologia persa, durante o reinado de Cambises II da Pérsia, que narra a história do juiz Sisamnes. Ele teria aceitado um suborno para proferir uma sentença injusta.
SEM ACESSO À DECISÃO, MPE NÃO IRÁ SE MANIFESTAR
Em breve nota, o Ministério Público do Tocantins (MPE) informou que não teve acesso à decisão do ministro Cristiano Zanin, do Supremo, e justamente por isto não irá se manifestar.
Leia a íntegra:
“O Ministério Público do Tocantins informa que, até o momento, não teve acesso à decisão do Ministro do Supremo Tribunal Federal, Cristiano Zanin, que determinou a operação realizada pela Polícia Federal na manhã desta terça-feira (18) em desfavor de um procurador de Justiça e de um assessor. Diante disso, a instituição não irá se manifestar neste momento.“