Aproveito e agradeço, mais uma vez, este espaço clebertoledo.com.br, que como órgão de formador de opiniões, vem contribuindo e cumprindo um papel muito importante no desenvolvimento político, econômico e social do nosso Tocantins e de informações sensatas e sérias para todos que dele tenha acesso.
Venho acompanhando a evolução dos fatos e acontecimentos no que se refere a epidemia do coronavírus. Já li de tudo, assisti vídeos e ouvi áudios, dos mais sérios e fundamentados aos mais estapafúrdios e sem sentido. Acompanho essa disputa comercial de marcas de vacinas, políticos se aproveitando do momento para angariar espaço na mídia e assim por diante.
Mas eu sempre com um pé na frente e outro atrás, ou na espreita, como queiram e desconfiado dessa celeuma toda até que algum ou alguns fatos me comprovassem a verdadeira e cruel face da realidade do momento.
Pois bem, agora, posso dizer que não devo nem posso fugir dessa constatação e deixar de fazer um alerta para os desavisados, ou incrédulos, sobre a agressividade desse vírus.
Mas, agora, tenho por dever narrar aqui três acontecimentos irrefutáveis que se sucedem ou sucederam com pessoas próximas ou por mim conhecidas e que me forçam a escrever este artigo, pois muitos só acreditam quando o problema chega a doer na própria pele.
Primeiro: A minha irmã, que com seus 76 anos sempre se cuidou e cumpriu à risca os protocolos preconizados pelas autoridades de saúde, há duas semanas se viu diante de uma situação inusitada. A sua funcionária trabalhou numa quarta, quinta e sexta-feira sentindo-se mal e não se manifestou sobre o fato. No sábado, testou positivo para a covid. Na segunda-feira seguinte minha irmã, sua filha e neta, também, testaram positivo. Resultado e consequência: Minha sobrinha e filha recuperando e passando pelos percalços desagradáveis da doença e minha irmã internada e intubada numa UTI e toda família na angústia do que poderá acontecer.
Segundo: Um médico amigo, infectologista, embora do grupo de risco, recebeu a primeira dose da vacina e faltando poucos dias para receber a segunda dose, testou positivo e foi internado com noventa por cento dos pulmões comprometidos e se encontra intubado numa uti há muitos dias.
Terceiro: Um primo de 40 anos, servidor da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, mesmo após receber a primeira dose, foi parar na uti, mas devido, talvez a idade, já foi para casa onde permanecerá por mais 14 dias em isolamento e complementando o tratamento.
Tudo isso sem enumerar as pessoas de meu relacionamento que se foram, perdendo a batalha para esse vírus tão agressivo. Torna-se cada vez mais uma incógnita as consequências que podem surgir ao se contrair o covid.
Vacinados ou não, procuremos cumprir as medidas de prevenção estabelecidas pelas autoridades de saúde (uso de máscara, higienização das mãos com álcool em gel ou sabão e distanciamento social), até o que o tempo se encarregue de nos mostrar onde vamos chegar.
Mesmo sendo leigo na área da medicina, embora estudioso e curioso sobre o tema, me vejo na obrigação de trazer a realidade do que estou e muitos estão vivenciando ou sujeitos a vivenciar, indiscriminadamente.
Que todos possam se precaver, afinal tudo é, repito, uma incógnita, mas que um dia a ciência apresentará a solução definitiva, como sempre fez nas epidemias durante séculos na história da humanidade.
Fica aqui o alerta a que me refiro no título deste artigo.
“Quem tem ouvidos que ouça, quem tem olhos que veja!”
JOSÉ CÂNDIDO PÓVOA
É poeta, escritor e advogado
candido.povoa23@gmail.com