A historiografia de Dianópolis, na região sudeste do Tocantins, sob a ótica do escritor Voltaire Wolney Aires, é registrada, com maestria, no livro “História de Dianópolis – 1720-2020” (Editora Kelps), de 631 páginas.
Incansável pesquisa
A obra é prefaciada pelo professor, historiador e poeta Wátila Misla Fernandes, da Academia Dianopolitana de Letras, destacando a incansável e laboriosa pesquisa, na qual Voltaire se debruça pela geografia dos rios e serras, animais e plantas; pela história dos primeiros intendentes, bem como, sobre as Dianas, moças que, em vida, tiveram participação no contexto sociocultural de Dianópolis.
Historiografia bem narrada
De 1884 a 2020 são narrados a chegada dos primeiros povoadores e imigrantes; o período de violência, mortes, guerrilhas e banditismo deflagrado na região, bem como, a epidemia que ceifou múltiplas vidas. O autor não esqueceu de pesquisar, também, sobre o desenvolvimento urbano de Dianópolis e a exploração do comércio, através das viagens dos tropeiros, das boiadas e dos carreiros para a Bahia. Voltaire aborda ainda questões ligadas à gestão política e administrativa dos intendentes, prefeitos e filhos da terra que contribuíram para o progresso da coletividade durante esse período.
Fiel aos fatos
O autor garante que buscou ser fiel aos fatos e seguir o máximo possível uma ordem cronológica, com o fito de facilitar a compreensão e fixação do leitor ao contexto da história. Sobre essa obra, Voltaire disse que, em alguns momentos, achou preferível ser prolixo a ponto de cansar do que ser sucinto e cometer erros por omissão.
Credenciais do autor
Voltaire Wolney Aires é operador do Direito, formado pela UFT. É autor de oito livros publicados, membro da Academia Tocantinense de Letras, Academia Palmense de Letras e Academia Dianapolina de Letras, além de integrar o quadro de Membros Correspondentes da Academia Gurupiense de Letras.
Evangelista Mota registra a história da 1ª Igreja Cristã Evangélica de Açailândia
No dia 27 de janeiro, a 1ª Igreja Cristã Evangélica de Açailândia, no Maranhão, estará celebrando o Jubileu de Bodas de Ouro. Para celebrar essa data, o escritor Evangelista Mota, presidente da Academia Açailandense de Letras, está lançando o livro “Dos espinhos as rosas“, publicado pela Editora Veloso, no qual faz um resgate histórico dessa igreja nos últimos 50 anos.
Trabalho árduo de pesquisa
Focando no que disse Jesus Cristo: “Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura” (Marcos 16:15), Evangelista Mota saiu em busca de mais informações sobre a trajetória da 1ª Igreja Cristã Evangélica de Açailândia e da Escola Cristã Ebenézer, desde a fundação, em 27 de janeiro de 1971, até aos dias atuais. E o resultado desse trabalho se transformou em livro, que em muito vai auxiliar na pesquisa sobre essa atuante entidade religiosa do interior maranhense.
Em discussão as Fake News e a liberdade de expressão
A Editora Lura trouxe à lume a obra “Fake News: A Liberdade de Expressão nas Redes Sociais na Sociedade da informação“, de André Faustino, na qual o autor destaca que as Fake News passaram a ganhar protagonismo dentro do ambiente da internet e das redes sociais, pois são a consequência da possibilidade de exercício da liberdade de expressão dentro desse ambiente.
Desinformação
A facilidade de manter-se no anonimato ou “invisível” dentro da internet ou, pelo menos, a falsa sensação dessa facilidade, encorajou cada vez mais as pessoas ou grupos a gerarem desinformação de forma sistemática.
Causas e consequências
Temas como Fake News, Pós-Verdade, Deep Fake são tratados ao longo do livro, propondo uma discussão sobre esses fenômenos inseridos dentro da sociedade, bem como suas causas e suas consequências.
Do planalto central vem os cordelos de Gustavo Dourado
Uma boa sugestão desta coluna para aqueles que apreciam literatura de cordel de qualidade é o livro “Cordelos” (Dourado Editores/2018), de autoria de Gustavo Dourado, destacado escritor que reside no Distrito Federal. A obra está sendo comercializada pela Amazon e traz 57 cordéis biográficos de grandes nomes da literatura. A capa é do artista plástico Toninho de Souza e as xilogravuras de Goari.
Justa homenagem
“Cordelos” registra uma justa e oportuna homenagem à Língua Portuguesa. Entre os homenageados estão Camões, Fernando Pessoa e José Saramago (portugueses), Leandro Gomes de Barros, Patativa do Assaré e Gonçalo Ferreira da Silva (cordelistas populares) e Machado de Assis, Clarice Lispector, Guimarães Rosa, Hilda Hilst, Carlos Drummond de Andrade, Cecília Meireles, Vinicius de Moraes, Cora Coralina, Oswald de Andrade, Rachel de Queiroz e Ariano Suassuna. E têm raridades como Maria Firmina dos Reis, primeira romancista negra brasileira; e Samuel Rawet, engenheiro que calculou os principais prédios de Brasília.
Galardão do reconhecimento
O escritor Márcio Catunda, crítico literário e diplomata, afirma que Gustavo Dourado, com seu gesto cordial, distribui o galardão do reconhecimento a esses espíritos luminosos que acendem o candelabro da verdade e da estesia para clarear o nosso caminho nas trevas do mundo. Já o festejado cineasta Vladimir Carvalho destaca que a veia poética é um bem de raiz, o que resultou em escritor, poeta e cordelista e estudioso da cultura popular e universal.
ZACARIAS MARTINS
É autor de seis livros de poesias e um de crônicas. Tem participação em mais de 50 antologias literárias pelo País afora. É ainda membro-fundador da Academia Tocantinense de Letras e da Academia Gurupiense de Letras. Integrou o primeiro colegiado do Conselho Estadual de Cultura do Tocantins. Também representa o Tocantins na Academia Brasileira de Jornalismo (ABJ).
Informações sobre eventos literários e lançamentos de livros devem ser enviadas para Zacarias Martins pelo e-mail zacamartins@gmail.com.