Um total de 20 sindicatos representantes do funcionalismo estiveram reunidos na manhã desta sexta-feira, 14, e definaram o percentual que irão cobrar de data-base do governo estadual
GANHO REAL
Juntos, os representantes definiram o percentual de 7,5% de reajuste, levando em consideração a inflação de 2024 pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPCA), que foi de 4,83%, acrescido de ganho real de 2,67%.
ENTIDADES VEEM SAÚDE FISCAL ROBUSTA
As entidades alegam que o pedido se justifica em consideração ao recorde de arrecadação em 2024, demonstrando uma saúde fiscal robusta capaz de atender as demandas do funcionalismo público, sem comprometimento das finanças. Entretanto, a Coluna do CT vem apontando o aumento do comprometimento da receita com pessoal, que já ultrapassou o limite de alerta da Lei de Responsabilidade Fiscal. O Palácio anunciou no dia 3 que encerrou 2024 com 46,2% de comprometimento da Receita Corrente Líquida (RCL) com folha de pagamento. Esse índice mostra que o governo já extrapolou, em muito, o limite de alerta previsto pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), de 44,1%, e se aproxima do limite prudencial, de 46,55%. Os números são do relatório financeiro da Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz) finalizado no dia 29 de janeiro.
SEM GANHO REAL HÁ QUASE UMA DÉCADA
O documento a ser protocolado ao governador do Estado ressalta ainda que os servidores estaduais não recebem um reajuste com ganho real há quase 10 anos, refletindo na perda de poder de compra e endividamento, tendo em vista que a inflação e os custos de vida continuam a aumentar.
COBRANÇA FORMAL
O próximo passo do grupo é protocolar o pedido junto ao governo estadual. Participaram da reunião: Sisepe, Fesserto, Sinfito, Sindjor, Sinsjusto, Seet, Sindifiscal, Sintras, Sicideto, Sindlegis, Assamp, Sindagro, Sintet, Sindojusto, Asser, Sisdep, Sindiperito, Sindifato e Sindare.