Em busca da capilaridade que faltou no primeiro turno da eleição suplementar, a executiva estadual do Partido Socialista Brasileiro (PSB) confirmou em reunião na manhã desta quarta-feira, 18, que está aberto a novas alianças. A sigla projeta que as definições devem ser anunciadas nos próximos dias. Podemos, PCdoB, PTB e PT já fazem parte da frente encabeçada pelo ex-prefeito de Palmas e pré-candidato a governador Carlos Amastha (PSB). O grupo agora busca o ingresso de Partido da República (PR), do senador Vicentinho Alves; e do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), do ex-governador Marcelo Miranda.
Possíveis alianças com políticos que até então eram adversários declarados de Carlos Amastha têm gerado uma repercussão negativa no eleitorado do grupo. O pré-candidato sempre refutou qualquer possibilidade de se aliar ao que sempre se referiu como “velha política”. O vereador palmense Tiago Andrino (PSB) até fez um vídeo para minimizar qualquer rejeição. Também neste sentido, o pré-candidato pessebista destacou que o ingresso dos novos partidos tem como pré-requisito a “manutenção da essência do projeto” da frente. “Disso não abrimos mão”, garantiu.
“Queremos debater ações para devolver ao Tocantins a segurança jurídica, credibilidade perante ao país, aos investidores, propiciar o atendimento digno do Estado aos cidadãos e implementar iniciativas que transformem as potencialidades em melhoria na vida das pessoas”, acrescentou Amastha em material do partido à imprensa.
O pré-candidato ainda projeta que haverá novidades até a convenção, marcada para o dia 5 de agosto, no Espaço Cultural. “Queremos e iremos adicionar ao grupo novos companheiros, com ideais e projetos voltados à recuperação e praticamente reconstrução do Tocantins, o que é uma necessidade urgente e imprescindível para os tocantinenses”, diz Carlos Amastha.
“Seremos vizinhos”
Das possíveis novidades no grupo, o ingresso do Partido da República parece o mais certo. O senador Vicentinho Alves (PR) lançou na segunda-feira, 16, a pré-candidatura à reeleição. O evento contou com a presença do principal articulador de Carlos Amastha, o presidente do Podemos, Adir Gentil.
Na ocasião, o parlamentar republicano não quis sacramentar a aliança à imprensa, mas confirmou que a convenção do Partido da República acontece não só no mesmo dia, mas no mesmo local do evento pessebista. “Vamos ser vizinhos”, soltou Vicentinho Alves.
Adir Gentil também demonstrou confiança em um acordo com os republicanos. “Existe realmente uma conversa, uma conversa concreta, que tenho certeza absoluta que pode prosperar”, afirmou o presidente do Podemos, também cauteloso.
MDB
O ex-governador Marcelo Miranda foi outro que recebeu a visita e o convite de Carlos Amastha para ingressar no grupo. O encontro aconteceu no dia 6 deste mês e esquentou o noticiário político e só foi confirmado uma semana depois pelo presidente do Movimento Democrático Brasileiro no Tocantins, Derval de Paiva.
Adir Gentil também confirmou a reunião no evento do senador Vicentinho Alves e comentou com a imprensa as negociações com os emedebistas, minimizando a repercussão gerada pelo episódio.. “As conversas estão mais no âmbito dos deputados estaduais de alguns setores do MDB. E claro que a conversa com o ex-governador não tem problema nenhum de existir”, completou.
Outras definições pessebistas
A reunião da executiva estadual do PSB também ficou marcada pela confirmação das pré-candidaturas de Alan Barbiero ao Senado, do vereador Tiago Andrino a deputado federal, de Ricardo Ayres na busca pela reeleição na Assembleia Legislativa.
Também houve direcionamento na reunião da definição da coordenação da campanha de Amastha, que ficará a cargo do ex-secretário Christian Zini e dos ex-prefeitos Júnior Bandeira, de Lajeado, e Jucélio Lustosa, de Lagoa do Tocantins.
Sucessão presidencial
Os membros da Executiva também discutiram cenário político nacional. O partido sinalizou para a construção de uma possível aliança com o candidato à Presidência do Partido Democrático Trabalhista, Ciro Gomes. (Com informações do PSB do Tocantins)