A cidade mineira do chamado Vale da Eletrônica é conhecida por ser referência no ensino e pesquisa em novas tecnologias e por abrigar mais de 150 empresas do ramo. Apesar do elevado nível educacional e expressivos indicadores de qualidade de vida, Santa Rita do Sapucaí se prepara para um desafio: iniciar uma ação ordenada de combate ao uso de drogas e as vulnerabilidades sociais decorrentes desse mal. E a inspiração veio de uma experiência realizada no Tocantins, resultou num projeto inédito que será lançado na quinta-feira, 27.
Assim nasceu o “Recriar Vidas – Prevenção Depende de Ação”, que tem a frente o escritor, palestrante e consultor Ricardo Ribeirinha e o executivo e consultor Geferson Barros, da Recriar Vida Consultoria e Gestão. A empresa está sediada em Palmas e foi erguida com base na trajetória de vida e das ações educacionais de Ribeirinha, que já palestrou e participou de iniciativas de combate às drogas em mais de 150 municípios brasileiros, em 22 países, nos cinco continentes.
Em Santa Rita do Sapucaí, já está em andamento uma ampla pesquisa que vai dar dimensão do consumo de drogas lícitas e ilícitas na cidade, sobretudo em jovens de 10 a 34 anos, alvo do trabalho solicitado pelo administração municipal. Para o prefeito Wander Wilson Chaves, a educação é elementar no enfrentamento das vulnerabilidades sociais decorrentes do uso de drogas. “Nossa cidade é conhecida pela tecnologia e inovação, mas também precisa ser um lugar de gente saudável e feliz. Precisamos investir no nosso maior capital, as pessoas, prevenindo nossa sociedade das drogas, bullying, gravidez na adolescência e outras vulnerabilidades”, destacou.
Para Ricardo Ribeirinha, o Brasil precisa investir mais em prevenção e isso passa pelas escolas. Para ele, o acesso às drogas está cada vez mais fácil e não é a simples repressão que será capaz de fazer o enfrentamento que a população necessita. “Precisamos ir além. Pais e educadores devem estar aptos a identificar mudanças comportamentais nos jovens que podem ter muito a dizer. Em Suzano (SP) e Realengo (RJ) vimos as consequências disso. Certamente aqueles jovens que invadiram as escolas e mataram estudantes e professores deram sinal de algo estava acontecendo, mas infelizmente não foram compreendidos a tempo”, lembrou Ribeirinha. (Da assessoria de assessoria)