O vereador de Palmas Tiago Andrino (PSB) é o segundo entrevistado do novo quadro da Coluna do CT, o Conversa de Política, que estreou esta semana com a participação do deputado estadual Marcelo Lelis (PV). A ideia é deixar que aqueles que vivem a política falem sobre ela: como veem o cenário atual, como enxergam a política de forma mais ampla neste novo momento vivido pelo Brasil e, claro, quais seus projetos dentro do contexto político estadual.
Andrino disse que o maior erro do grupo do ex-prefeito de Palmas Carlos Amastha (PSB) em 2018 foi o de avaliação. “Nós estávamos preparados para enfrentar o ex-governador Marcelo Miranda [MDB], tínhamos o domínio daquela disputa, sabíamos como íamos atacar o adversário e nos defender dele, e tínhamos pesquisas que davam vitória certa para a gente, porque o desgaste dele era enorme. Mas, como a cassação se deu no último momento, o cenário mudou, o governador [Mauro] Carlesse era um desconhecido para a maioria da população, também se colocava como empresário, uma pessoa de resultado, realmente dificultou muito”, concluiu o parlamentar.
Silêncio tenebroso
Andrino disse que a Assembleia vive um “silêncio tenebroso”, em relação ao governo Carlesse. “Um silêncio assustador porque teria um milhão de motivos para a Assembleia estar mobilizada, com uma agenda de saúde, segurança pública, assistência social, desenvolvimento econômico, mas não há. É uma agenda muito fraca”, criticou. Isso, segundo o vereador, exigiu do grupo de Amastha uma articulação em torno do discurso mais contundente do deputado federal Vicentinho Júnior (PL).
O vereador ainda afirmou que a prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro (PSDB), foi “uma decepção maior” para ele dentro do grupo de Amastha, porque ter sido um dos que defenderam o nome dela. “O carisma e o diálogo que ela fez internamente no governo me cativaram”, contou. “Houve uma confiança emocional de que pelo menos o que estava dando certo ela não ia romper.”
Em relação à desconstrução do PSB, que perdeu todos os nove prefeitos eleitos em 2016, Andrino disse que, com exceção do Padre Gleibson, de Dianópolis, os outros todos eram ligados ao prefeito de Gurupi, Laurez Moreira (PSDB). “Quando decidiram sair, não havia como segurar, não foi uma traição, eles eram ligados ao prefeito Laurez”, sustentou.
Assim, defendeu, o que ocorreu no PSB foi uma transição, porque o Amastha não quis disputar com Laurez. “Então, o momento de construção do PSB é agora. É a primeira vez que nós temos mais de um ano para montar um projeto político com a nossa cara”, avaliou.
Nova política
Ele insiste que existe “uma nova política a ser implementada nesse novo tempo”. “Existe a necessidade de uma nova política. Porque essa política que está na maior parte das cidades do Brasil não serve para a sociedade”, defendeu.
Assista o vereador Tiago Andrino no Conversa de Política: