O secretário estadual da Fazenda, Sandro Henrique Armando, recebeu na tarde desta quinta-feira, 10, representantes dos frigoríficos tocantinenses para discutir a crise da suspensão dos Termos de Acordo de Regimes Especiais (Tare). Conforme a Coluna do CT apurou, o governo quer elevar a alíquota reduzida de 1,3% para 4,5%. No entanto, os frigoríficos propuseram 1,8%, como a do Pará, para garantir que o Estado mantenha sua competitividade.
Em situação de desvantagem
Atualmente, a alíquota do Tocantins é das menores dos Estados vizinhos. Mas se for para 4,5%, avaliam os frigoríficos, colocará as empresas tocantinenses em situação de desvantagem em relação aos demais Estados.
Constrangimentos
Representantes dos frigoríficos reclamaram do constrangimento imposto pela Sefaz para a reunião. Isso porque apenas dois representantes de cada empresa puderam entrar para a reunião, e entidades de classe acabaram barradas. Entre elas, até o presidente da Federação das Indústrias (Fieto), Roberto Pires, que teve que ser colocado como representante de um dos frigoríficos para poder participar.
Dificuldades para entrar
O empresário Oswaldo Stival, da Cooperativa dos Produtores de Carnes e Derivados de Gurupi/TO (Cooperfrigu), também teve dificuldades para entrar. O deputado federal Tiago Dimas (SD), de Araguaína, uma região com seis frigoríficos, foi barrado.
Sensível
De toda forma, participantes da reunião avaliaram que o secretário se mostrou “bem sensível”, “maleável” e “querendo dialogar”.
Comissão
Uma comissão será formada por representantes do governo e dos frigoríficos para preparar um documento para embasar a legislação fiscal para o setor de carnes. O Sindicato das Indústrias Frigoríficas de Carnes Bovinas, Suínas, Aves, Peixes e Derivados do Estado do Tocantins deve apresentar os nomes que irão integrar a comissão nesta sexta-feira, 11, e logo será definida uma agenda para agilizar os trabalho.
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