A deputada federal Dorinha Seabra (DEM) informou ter acionado o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos nesta terça-feira, 14, para solicitar informações sobre as ações de enfrentamento dos casos de violência doméstica durante a situação de emergência decorrente do coronavírus. A Defensoria do Tocantins já alertou que as medidas de isolamento social pode estar contribuindo para o aumento do número de casos. No Estado foram registrados 105 somente pelo Núcleo Especializado em Defesa da Mulher (Nudem).
Aumento de 9% de casos de violência contra a mulher após quarentena
Dorinha Seabra reforça este raciocínio com números nacionais. “Com as medidas de isolamento e distanciamento social recomendadas para combater o novo coronavírus, a violência doméstica torna-se um desafio ainda maior. A Central de Atendimento à Mulher dá conta que durante esse período, já houve um aumento de quase 9% no número de atendimentos no Brasil”, justifica a deputada tocantinense, que é também Secretária da Mulher na Câmara dos Deputados.
Agravamento em períodos de crise econômica
A deputada federal ainda alerta para o agravamento da violência doméstica em momentos de crise econômicas. “Com os homens desempregados, depressivos, alcoolizados, sem saída para arcar com as responsabilidades domésticas. O que acaba provocando uma reação para descontar na família de forma agressiva”, defende. O requerimento reforça que houve campanhas veiculadas na França e na Itália para combater a violência doméstica durante a quarentena, enquanto no Brasil ainda nada foi feito. “Alguns projetos da bancada feminina foram apresentados para ampliação da divulgação do disque 180 e o fortalecimento das políticas de atendimento à mulher”, acrescentou.
Recurso do crédito suplementar
Outro desdobramento é o reforço da dotação orçamentária do Ministério da Mulher: R$ 45 milhões, encaminhados através da Medida Provisória 942 de abril de 2020 para enfrentamento da emergência de saúde pública. “O parlamento tem empenhado esforços para garantir ao Executivo condições de atender mulheres em situação de vulnerabilidade. Por isso, estamos solicitando informações e também requerendo iniciativas”, esclarece Dorinha Seabra.