NOVO ROUND
Passada a eleição da mesa diretora, os deputados estaduais focarão agora em dois momentos estratégicos: o primeiro é a formação dos blocos partidários e o outro, a definição das comissões permanentes. Quem conhece a fundo a Assembleia aposta em três blocos. Um com Republicanos e SD, que somam oito deputados; outro com PSD/PDT/PSC/PL/PSB, com dez; e o terceiro com as federações PV-PCdoB e Cidadania-PSDB mais o União Brasil, com seis. Cada bloco deve ser composto por, no mínimo, quatro parlamentares. Essa definição dos grupos de partidos vai ocorrer mesmo só na terça-feira, 7. Depois, cada bloco indica seus representantes para as comissões.
AS 3 MAIS DISPUTADAS
São dez comissões permanentes, mas três as mais disputadas. Absolutamente tudo passa pela Comissão de Constituição, Justiça e Redação — conhecida por CCJ –, então, essa todo mundo quer. A outra concorridíssima, pela qual quase tudo passa, é a de Finanças, Tributação, Fiscalização e Controle; e também de enorme relevância a de Administração, Trabalho, Defesa do Consumidor, Transportes, Desenvolvimento Urbano e Serviço Público.
BLOCO MENOR, MAS DECISIVO
Cada comissão é composta por cinco membros, dos quais Republicanos-SD e PSD/PDT/PSC/PL/PSB devem indicar dois cada. O terceiro, as federações PV-PCdoB e Cidadania-PSDB mais o União Brasil, indicará um. Como para ser eleito para uma função são necessários três votos, esse último bloco, apesar de menor, se torna decisivo e, por isso, com alto poder de negociação.
AS DEMAIS COMISSÕES
As demais comissões são a de Desenvolvimento Rural, Cooperativismo, Ciência, Tecnologia e Economia; a de Minas, Energia, Meio Ambiente e Turismo; a de Educação, Cultura e Desporto; a de Saúde e Assistência Social; a de Segurança Pública; a de Defesa dos Direitos da Mulher; e a de Acompanhamento e Estudos de Políticas Públicas para a Juventude. Até ano passado havia três comissões especiais: de Regularização Fundiária; de Estudos dos Parques Estaduais; e de Política e Legislação Florestal.
NOMES COGITADOS
Também já estão sendo cogitados nomes para as principais comissões. Para a poderosíssima CCJ, se comenta a deputada Cláudia Lelis (PV). Mas também estariam de olho nessa comissão Moisemar Marinho (PSB) e Nilton Franco (Republicanos). Na de Finanças, dois deputados são citados nos bastidores, Olyntho Neto (Republicanos) e Eduardo do Dertins (Cidadania). Para a Defesa do Consumidor, as apostas estão no novato Eduardo Mantoan (PSDB).
LÍDER DOS BLOCOS
Outra definição, que antecede à indicação dos membros das comissões, é a do líder dos blocos. Em dois deles já tem nomes despontando: o de Léo Barbosa (Republicanos) para o bloco Republicanos-SD; e o de Vanda Monteiro (UB) para as federações PV-PCdoB e Cidadania-PSDB mais o União Brasil.
INDICAÇÃO É TÉCNICA
Prevista na planilha dos partidos aliados do presidente Lula como da cota de indicação do PCdoB, o comando do IBGE não é indicação política, mas técnica. Quem garante é gente que conhece bem o órgão.
APOIO MACIÇO PARA O INCRA
Na disputa entre o ex-deputado estadual José Roberto e o ex-deputado federal Célio Moura para ver quem emplaca, pelo PT, o novo superintendente do Incra no Tocantins, o que se diz é que o segundo está na vantagem. O nome dele para a pasta é o presidente do PT de Araguaína, Edmundo Rodrigues. O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, já recebeu várias cartas de entidades em apoio a Rodrigues, como a Comsaúde, o Conselho Indigenista Missionário, a Cooperativa Agroindustrial do Reassentamento Córrego da Prata (Cooprato), o Movimento por Atingidos por Barragens (MAB), a Comissão Pastoral da Terra Araguaia-Tocantins, a Alternativas para Pequena Agricultura no Tocantins (APA-TO) e de um grupo de professores da Universidade Federal do Tocantins (UFT), que pede também o líder do MST Antônio Marcos para o cargo de delegado do Ministério do Desenvolvimento Agrário no Estado.
VOTOS DA BANCADA NO CONGRESSO
Na eleição da mesa diretora do Senado, o atual presidente, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), foi reeleito com os votos da novata Dorinha Seabra Rezende (UB) e de Irajá (PSD). Eduardo Gomes (PL), ex-líder do governo no Congresso, preferiu o candidato Rogério Marinho (PL-RN), que tinha o apoio do bolsonarismo. Na Câmara, os oito deputados tocantinenses votaram pela reeleição de Arthur Lira (PP-AL).