Entidades empresariais foram recebidas no final da tarde dessa sexta-feira, 27, pelo vice-governador Wanderlei Barbosa (PHS). Na pauta, a prorrogação e parcelamento do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias (ICMS), desoneração de insumos e equipamentos de saúde, prorrogação e adiamento dos valores direcionados ao Estado dentro do Simples Nacional, e ainda a suspensão das execuções fiscais em andamento, judicializadas ou não. Segundo as entidades, as medidas são necessárias pela interrupção da atividade econômica por conta das medidas para conter o avanço da Covid-19, o novo coronavírus. Uma nova reunião ficou marcada para terça-feira, 31, quando o governador Mauro Carlesse (DEM) deverá anunciar medidas de apoio às empresas e manutenção dos postos de trabalho.
Medida preventiva
Conforme a Associação Comercial e Industrial de Palmas (Acipa), logo que foram decretadas as restrições ao funcionamento das empresas, como medida preventiva, as entidades empresariais do Estado se mobilizaram e formalizaram essas reivindicações a Carlesse. “Como até então o governo não havia dado uma resposta a esta solicitação, e considerando que os prazos estão correndo, inclusive o pagamento do ICMS que vence no dia 9 de abril, a Acipa articulou no final da tarde dessa sexta-feira uma reunião com o governador, que estava ausente da Capital e designou o vice, Wanderlei Barbosa”, afirmou a entidade em nota.
Manutenção de empregos
Segundo a Acipa, as reivindicações feitas pelos empresários não visam apenas as empresas, mas principalmente a manutenção dos empregos “para os pais e mães de famílias que nelas trabalham”. “Pesquisas realizadas nos últimos dias indicam que, se o governo não tomar medidas efetivas e rápidas de apoio e estímulo às empresas, teremos uma grande onda de demissões, agravando substancialmente o problema do desemprego, que já era preocupante”, lembrou a entidade.
No que for possível
A associação contou que Wanderlei “demonstrou a preocupação do governo do Estado com as consequências da crise” e ressaltou a disposição da gestão “em avaliar e atender naquilo que for possível”.
Necessária flexibilização
Além da pauta relacionada a tributos, também foi levada ao governo do Estado a questão da restrição do funcionamento das empresas. “Foi solicitado, naquilo que couber ao Estado, que haja a necessária flexibilização, de modo que seja possível a abertura daqueles estabelecimentos cuja atividade não gere aglomeração de pessoas e que não representa riscos para a população, seguindo e respeitando sempre todos protocolos e recomendações dos órgãos de saúde”, afirma a nota.
Equilíbrio e bom senso
Segundo a Acipa, os empresários defendem que “haja o necessário equilíbrio e bom senso neste momento, de modo que as recomendações dos órgãos de saúde sejam seguidas rigorosamente, mas sem perder de vista a sobrevivência das empresas e dos pais e mães de famílias que precisam do trabalho, como condição básica de dignidade e sobrevivência”.
Participantes
Participaram na reunião o presidente da Acipa, Joseph Madeira; o presidente da Associação dos Jovens Empreendedores (AJEE-TO), Renan Macêdo; o presidente da Associação dos Comerciantes de Materiais de Construção (Acomac), Juliano Meurer; o vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Tocantins (Fieto), Emilson Vieira; e o presidente da Câmara de Dirigentes Logistas de Palmas (CDL) e do Conselho de Desenvolvimento Econômico de Palmas (Cidep), Silvan Portilho.