Mesmo após a aprovação da reforma da Previdência, o déficit dos Estados no setor deve começar a cair só na década de 2040, e a melhoria do quadro atual vir apenas na década de 2060, disse nessa quinta-feira, 19, o secretário de Previdência do Ministério da Economia, Leonardo Rolim, ao participar do Fórum Nacional, no Rio de Janeiro.
Ajuda, mas não aplica de imediato
Segundo o secretário, esse cenário foi traçado sem a proposta de emenda à Constituição (PEC). Rolim disse que a PEC ajuda os Estados, mas não aplica de imediato as regras de benefício. Se os estados adotarem as mesmas regras da União, vai melhorar muito a situação deles, mas o crescimento da despesa nos próximos anos ainda deve ocorrer em percentual elevado, em função do envelhecimento dos servidores, explicou o secretário.
Pico de despesas
Ele ressaltou que Estados como o Rio Grande do Sul já estão perto do pico de despesas com a Previdência, enquanto nos mais novos, como Tocantins, Amapá e Rondônia, o pico só vai ocorrer próximo da década de 2030. “Varia muito de caso a caso.”
Cresceu à média de 5,2% ao ano
O déficit da Previdência evoluiu de 0,1% do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país), em 1995, para 2,9% em 2018. Nos últimos dez anos, a despesa com a Previdência Social cresceu à média de 5,2% ao ano.