Caro eleitor desavisado,
A partir desta quinta-feira você será arrastado por uma enxurrada de pesquisas eleitorais, na sua maioria, as mesmas do primeiro turno que juravam por todos os céus que a eleição de Palmas seria decidida no dia 6. As negociatas são feitas por Brasília, São Paulo e aqui na capital mais linda do Brasil. Em nível nacional, cada ponto a mais compram na casa do milhão de reais. Aqui tem instituto que, por poucas migalhas, recebem o resultado almejado e adaptam a estatística à conveniência eleitoreira.
Claro, para mexer nos grandes centros é preciso ter trânsito nacional. E temos personalidades estaduais que navegam com facilidade nesses mares a nós, pobres mortais, inalcançáveis, e colocam o placar que quiserem nas pesquisas. Nessa terça-feira vimos algumas dessas descaradamente contratadas em veículos grandes, que estão na contramão de tudo que temos acompanhado. Lógico que o preço é alto, uma fortuna, para emprestar a credibilidade conquistada com acertos no eixo Rio-São Paulo a essa malandragem regional. Os institutos nacionais agem da seguinte forma: onde o holofote da grande imprensa do país ilumina — as metrópoles –, usam a estatística como ciência; já nos locais em que não são vistos, migram para o ocultismo, se igualam à astrologia ou algo do tipo.
Quando essa enxurrada de pesquisas chegar considere aquelas que se aproximaram mais dos resultados oficiais do TSE no primeiro turno. Só dois institutos conseguiram esse feito em Palmas: o Veritá, agora contratado pela Fieto, que dispensou o ocultista que fazia previsões como de horóscopo para ela no primeiro turno; e a Exata, que realiza os levantamentos para o Record News e Hits FM.
Mas o mais importante é não se guiar por pesquisas. Quem faz isso é mau cidadão, maria-vai-com-as-outras, pessoa sem personalidade. Considere o histórico dos candidatos, suas propostas e o que essa candidatura representa, no seu conjunto, para o futuro da cidade.
Não se deixe enganar por gente má intencionada que compra resultados de pesquisa e por aqueles que os vendem.
Saudações democráticas,
CT