Antes da cerimônia de hasteamento da bandeira pelo Dia da Independência, nesta terça-feira, 7, em Brasília, o presidente Jair Bolsonaro voltou a fazer ataques aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Sem citar os nomes de Alexandre de Moraes e Roberto Barroso, o mandatário repetiu que “uma ou duas pessoas” não podem fazer o Brasil “ficar refém”. Os dois ministros são alvos do presidente há meses por conta de inquéritos contra ele e pessoas próximas ao Planalto.
“Nosso país não pode ficar refém de uma ou duas pessoas, não interessa onde elas estejam. Ou entram nos eixos ou serão simplesmente ignoradas da vida pública e esse é meu trabalho. Vou continuar jogando dentro das quatro linhas, mas a partir de agora não admito que outras pessoas, uma ou duas, joguem fora”, repetiu.
O evento de hasteamento da bandeira ocorreu em substituição ao desfile militar que, desde o ano passado, não é realizado por conta da pandemia de Covid-19 em Brasília. Participaram diversos ministros do governo e o líder de Bolsonaro na Câmara, Ricardo Barros.
Manifestantes
Nas principais ruas de Brasília, milhares de pessoas já se reúnem desde as primeiras horas da manhã para apoiar o presidente.
Entre os participantes, há dezenas de cartazes com frases antidemocráticas, pedindo “intervenção militar” e o fechamento do STF.
Uma confusão também ocorreu quando um grupo de pessoas tentou romper uma barreira da Polícia Militar para chegar à Praça dos Três Poderes. Os agentes usaram bombas de gás para dispersar os manifestantes e impediram a passagem.