Após o Sinpol e a Fepaol, o Sindicato dos Delegados de Polícia do Tocantins (Sindepol) também emitiu nota pública para se manifestar sobre o caso do possível monitoramento dos policiais Victor Sabará e Marco Albernaz por parte do ex-governador Marcelo Miranda (MDB), preso preventivamente desde quinta-feira, 26, após a deflagração da Operação 12º Trabalho, da Polícia Federal.
Dossiê
Decisão da Justiça Federal que autorizou a operação narrou que a PF encontrou na casa de Marcelo Miranda, em novembro de 2016, um relatório confidencial sobre o caso da aeronave apreendida em Piracanjuba (GO) com R$ 504 mil e material de campanha do emedebista em plena campanha de 2014. Nestes documentos foram constatadas informações pessoais e de familiares de Victor Sabará e Marco Albernaz, que atuaram no episódio que resultou na cassação do ex-governador.
Perseguição e intimidação
O sindicato reforçou a gravidade do caso narrado na decisão do juiz João Paulo Abe. “Não se pode admitir que em um Estado Democrático de Direito haja perseguição e intimidação ao trabalho da Polícia Judiciária, situação ainda mais grave quando levamos em consideração que na época da apreensão do dossiê, o alvo da ação desencadeada semana passada ocupava o cargo de governador”, discorre.
Autonomia para PC
Crítico do novo estatuto, manual de procedimentos e do fim da Dracma, o Sindepol aproveitou o episódio para defender uma Polícia Civil mais autônoma. “O fato que ora repercute só reforça a necessidade de que seja conferida autonomia à Polícia Civil, para que os policiais e a sociedade tocantinense não sejam reféns de organizações criminosas que porventura venham a ocupar cargos e dominar a administração pública com a intenção de satisfazer seus objetivos espúrios”, encerra.